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Ode ao desespero

I

O psicadelismo dos dias de Outono
Abre novos caminhos
De infortúnio
De paz dissimulada (nas entrelinhas)

II

Cresce no meu sangue

Um ser mutante
Um ser distante
Um ser ausente

III

Encruzilhada nas minhas veias
Procuro novos rituais
Encruzilhada nos meus ideais
Crio rastos digitais

IV

Se escutasse o murmúrio do infinito
Seria xámane
Seria chama
Se incendiasse os cadernos pretos

V

Sopra uma luz ténue

Incrédula
Decrépita
Finita

VI

A guitarra que se encontra(va) no sótão
Pede que peguem nela
Que reparem nel
Que toquem nela

Quero ser como ela

VII

Para cada sensação
Corresponde uma dada tensão
Para cada pulsação
Pára de bater o coração

VIII

Se me chamam de lunático
Não me ralo
Se me chamam de terráqueo
Não me calo (por isso)

IX

Só o amor
É superior
Só o amor
É maior

que o mundo

X

Mal
Me recordo
Do sentimento
De amor

Do sentimento
De dor
Mal
Me recomponho

Do amor
Que não me foi dado
Do amor
Que me é dado

XI

Ser ambíguo
Que caminha ao pôr-do-sol
Ao abrigo da tirania do farol
Ser exíguo

Girassol

XII

Cuidado,
Há sempre alguém ao teu lado indiscreto

(mesmo que seja a tua própria sombra)

XIII

Um verso
É como o sino de uma igreja
Tocando
Distraído
Chamando
Os discípulos
De outros versos

XIV

O instinto torna-se fatal
Quando (por alguma fatalidade)
Deixa de ser maternal (ou paternal, tanto faz)

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quinta-feira, janeiro 14, 2010 - 18:34

Ministério da Poesia :

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alvarofontes

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