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OS BANCOS VAZIOS

OS BANCOS VAZIOS

A cidade pasmou.
Os bancos de pedra
Estão hoje vazios.
Não há poetisa
Nem caderno,
Nem leitor,
Nem o livro,
Nem sequer a flauta.

Teria acabado o poema?

Mas olhem!

Caem do céu
Sobre a cidade
Pétalas de rosas
De várias cores.

E ouçam .

O som das harpas
Tocadas por anjos,
Ou por fadas, quem sabe,
Inundam os ares
Com melodias de sonho.

Mas há um par
Que, enlaçado e feliz,
Se eleva nos ares
Dançando uma valsa.

Dançam e sobem,
E em pouco tempo
Entraram na nuvem,
Branca.
E a cidade deixou de os ver.

O poema vai continuar a ser escrito dentro da nuvem,
Que se ilumina e irradia um feixe de luz
Cada vez mais forte,
À medida que o tempo avança.

As harpas tocam
A acompanhar os sons
Que se ouvem,
Saídos do interior da nuvem.
São gemidos suaves,
São risos,
Sussuros
E palavres doces.

À medida que a valsa toca
Cada vez mais rápida ,
Os sons, dentro da nuvem,
São cada vez mais audíveis.

E quando o ritmo se torna frenético
Soa um grito mais forte.
Depois o silêncio.

Da nuvem cairam então
Sobre a cidade
Versos,
Notas de música,
E muitas missangas
Soltas,
Coloridas
Que pousaram nos bancos
Brancos
Agora vazios.

De dentro da nuvem
Soou docemente,
Com ternura,
Uma voz ansiosa:

Mais uma vez?

Um novo capítulo do poema
Ia começar a ser escrito.

No banco,
Os versos
E as notas de míusica
Dançaram alegres,
E a cidade animou-se
E suspirou de alívio.

Havia poema.

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quinta-feira, dezembro 17, 2009 - 16:09

Ministério da Poesia :

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GuiDuarte

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