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Palavras

Palavras…palavras em branco
Espelhadas ao som arfante do búzio,
Momentos esquecidos,
Na imensidão de um livro,
Formas variadas aprazidas como pétalas,
Harmoniosas, coloridas,
Mas abandonadas pela era.
Outrora vistas distintas,
Na infindável biblioteca,
De altos contornos,
Ornamentada em espirais,
Até onde a imaginação e seus perímetros me quiserem levar.
Palavras…palavras perdidas na urge do tempo,
Sobre o bálsamo do tambor,
Na plenitude da cidade,
Envolta do mais belo prosaico,
Já mais visto a olho nu,
Mas que a consciência lembra a cada instante,
Razão continua de saber,
Inteligência vivida,
Compreendida, mas distante envolta em ciência,
Porque a vontade é pouca,
E a facilidade mostra sua superioridade,
Sem dar tempo de se contrariar e mover.
Palavras…palavras mergulhadas
Nas profundezas dos oceanos,
Que a terra ama…
Que a gente ignora…
E muito menos quer crer.
Mundos paralelos que vimos crescer,
Arvores e raízes que plantámos,
Juras infindáveis que fizemos,
Morrer para voltar a nascer,
Crescer e adormecer por mais tempo,
Germinar, desenvolver,
Latência corriqueira,
Madrugada de constância,
Envolta em manto fino como véu.
Palavras…palavras que outrora invocámos desmedidamente,
Salientes de uma ignorância precoce,
Dando a razão a um “pai” na despedida,
E voltar de mãos vazias…
Porque não houve tempo de traçar e crescer.
Combinadas com cuidado, mestria,
Mas empregues sem fundamento.
Palavras…palavras que dizemos aos amigos,
Aos familiares, parentes e colegas,
As desculpas empregadas,
O sorriso grandioso, o abraço fraterno,
A coragem de admitir o erro,
A relutância ao dar a mão,
A providência que presencia discretamente,
Para mais tarde nos chamar à razão.
Palavras… palavras de um livro,
Que nunca escrevi,
Guardado na lembrança,
Que a historia ampara delicadamente,
Na estante do esquecimento,
Decorada a cristais e lendas do mar,
Em meu pensamento de rocha esculpido,
Como chave de algas e estrelas-do-mar.
Palavras… palavras que nunca direi,
Momentos previstos,
Por quem sabe e sente.
Galardões de faiança,
Erguendo-se no horizonte,
Manifestações diante de meus olhos entorpecidos,
Fadas, gnomos, animais falantes,
Cristais que flutuam no ar,
Tudo ganha forma, vida, movimentação,
Na imensidão da floresta, densa e verdejante,
Sobre o por do sol,
Visionado, entre o vale e a colina.
Para sempre gravados,
Como enorme clarão, no livro da vida.

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quinta-feira, novembro 26, 2009 - 19:07

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leonorsousa67

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