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Pelouros pupilais

As maritacas avisaram quando o sol se ia,
Nós fomos cuidadosos
Tão menos espertos.

Havia gritos e máscaras de peles vencidas,
As fêmeas amedrontadas fugiram dos machos,
Mesmo assim entregamo-nos à sorte desocupada.

Surgiram rostos quando cavalgávamos cosmos
perdidos,
O infinito foi largado,
Não encontramos sua mãe.

A língua que beija não conhece o latido pulso
batido pulsante
tecla de piano em tocha
som sofrido
do pulmão céu cinza tempestade
da fumaça humana espiritual
dalgum cigarro errado.

A própria vida busca salvação às vezes
De vez afogada a cover water blue
Blue trêmulo motor astuto.

Ardósias em mesas silenciosas casas do
abrigo.

A poltrona negra conhece quem escreve
E grita xingando quem não escreve.
Mais uma vez destruímos a invenção da chama.

Órgão ao alto!
Lembramos dos duetos marsúpios,
Honrosos, soberanos e tão belos como aspas amantes da memória.
As escadas trouxeram o todo que és,
Tão serenamente
Tão inexplicavelmente...

Lembramos dos mares onde nunca estivemos,
Pisamos as areias das praias que nunca existiram.

Tão faz-de-conta o incrente
Tão velho ancião adulto
A realidade álibi de nossa culpa.

Só restou-nos a imagem secreta do futuro
Em ondas caracóis
Dos infinitos campos
Onde em sonho bom pensávamos em dezembros cultuar.

Em batalhas e armaduras
Queríamos o eterno
Tal qual sentindo magia do incólume.

Serias o oráculo dentro das pedras,
Todas as constelações gregas signos ditosos,
Alguma esfera eléctrica
Algum estrondo de mio no cio

Serias o grito dentro das rochas.
Só havia salivas como resto de nosso amor,
Nunca fomos capazes de nos ver,
Ainda assim soubemos dizer o quão sofrido
foi o nosso fim de noite.

Toda lua é bela,
Tu temeste o meu toque
Só que com súplica tu olhaste com gesto o que
aléns devoraram
em obsesso
obséquio da não fala,
Somente tons bucólicos fora das horas almejaste
Com mimos chorosos a convencer deuses.
Quem diria que velhas idades podem com lágrimas suaves
Tornar criança com gosto de anjo?

Havia um alpendre na coluna expectante de
Seus.

Leões são rostos severos das calçadas.

A vela acendeu-se macia a chamar por
aquela alma sentada
com olhos de figo na lua
feita de um único nascimento.

Ao seu lado perdi-me ao quebrar-me em
ovo visto da gema
em útero mínimo.

Na importa meu anjo!
Somos tempos velozes impossíveis de parar,
Não somos feitos de carne,
Mas disfarçamos-nos dela.

Não reparamos a planície por queimar o instante.
Serias quem sabe lenços de narizes sofridos
Em confidência do júri,
Serias o não estar em correntezas ligeiras
A jogar-nos nas rochas inimigas do rio em ódio.

Caiu o seu diamante anoitecido,
Abriram-se todas as portas do vestígio,
Apareceu em nu afresco impreciso.
Aplausos sem valor,
Platéia que não existe
Procuramos a calma com disfarce de silêncio
Nalguma voz do arraste.

Realmente deveria existir um amigo herói,
Severamente devemos ser muito mais,
Tu discursaste,
Deveríamos em pulos zombar da platéia
cega.

A vertigem cuida quando somos loucos
Na demência dum adeus contrário do olá.

Foi-se o verão!
Os pequenos sonos morreram
Os olhos fecharam-se
Sem fé descansaram na cama a caber o mundo,
Sobram aqueles que não acreditam;
Os mortos da esquina
A mão conhecida da palavra viajante de
odisséia Ítaca Grécia
não existente.

Jamais encontraremos nossa ilha!
Disse a voz dúvida inerente.

Jóia o brinco feminil em face guardado
Mente!
Tesouro inexplorado em oculto caixão da mente.

O quadro de deus tem quem não peca...
Seríamos melhores que o aço
Na estratosfera jardinesca do excesso opulento

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sexta-feira, fevereiro 4, 2011 - 21:27

Poesia :

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Alcantra

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