Quando um Anjo Cai...

Quando um anjo cai das suas asas, jaz imóvel num chão desconhecido.
Resta a sua recordação que vive em mim.
Assim somos nós,
Quando nos abraçámos.

Inanimadamente entorpecida,
Apercebo-me que perdi o toque mágico imaginatório
Que me faz voar.
Sou poeta de curtas palavas
A eventualidade delas desvanecem-se neste tempo maldito,
Tantas são as mentiras nas horas nos separam.

Em segredos mudos busco à sinergia
Que afirme me desejar mais que a nada.
Que eu seja tudo,
A morte o nada.

Estou cansada da vida que me embaraça,
Loucamente extenuada do sem propósito rancoroso.
É Novembro, lá fora chove.
Apercebo-me que tudo é uma fachada para uma alma desalmada,
Enquando eu desamparadamente choro,
Abraçada ao nada.
As paredes são fiéis no seu tom neutro,
Na ausência da metade que puderá me amar toda uma noite,
Onde estás tu?
Porque te escondes no meio da multidão?
No meu coração vive a dor descrente,
Do passado não mais ausente.
Somos vida, pão e mel em uma montanha vermiosa
Jogados ao desalento estupor do adeus.

Joana Silva

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Domingo, Diciembre 11, 2011 - 03:50

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JoanaSilva

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Comentarios

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Cara amiga

Maria, obrigada pelas suas queridas palavras.
Beijinho, Joana.

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gostei de toda a poesia, a

gostei de toda a poesia,
a ausência a dor que o abraço transporta...

gostei muito da primeira parte,

Quando um anjo cai das suas asas, jaz imóvel num chão desconhecido.
Resta a sua recordação que vive em mim.
Assim somos nós,
Quando nos abraçámos.

 

a recordação que sempre fica.

Beijo

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