Travessia

Não sabes de onde vim,
Nem como sinto as trevas dilaceradas do teu corpo sobre mim.
Não entendes a vaga indiscrição
Que se mistura no labirinto dos meus sentidos,
Como suave torpor de ausências solitárias
Que se prendessem no eco da minha devastação.
Não me conheces,
Mas pareces ver para lá dos recessos da minha noite,
Invadindo as pontes da minha miragem secreta
E em sangue trespassando todos os meus labirintos
Num derramar de essências desperdiçadas sobre o abismo.
Nunca me viste,
Nem mesmo conseguiste encontrar a minha presença nos passos da noite
Que me envolvia em divagações sinistradas
De espectral fenecer,
Mas invadiste todas as eras do meu caminho cerrado
E derrubaste as muralhas da minha solidão
Com a imensidade do teu infinito de luz.

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Sábado, Abril 25, 2009 - 15:27

Poesia :

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SRaven

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Comentarios

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Re: Travessia

Não sabes de onde vim,
Nem como sinto as trevas dilaceradas do teu corpo sobre mim.

A meditação sobre as relações é complexa!

:-)

Imagen de Zezinho

Re: Travessia

Muito Bom :-D

Sua poesia e uma maravilha.
Bjs

Imagen de Anonymous

Re: Travessia

"Quando você quer alguma coisa, todo o Universo conspira para que você realize o seu desejo. "
(Autor Desconhecido)

...palavras para quê! Está tudo dito no teu poema...a alma grita o coração explode, o corpo encaminha a vontade e o ser vive...vivendo!

Abraços
ps: É sempre muito bom ler os teus escritos :-)

Imagen de Anonymous

Re: Travessia p/SRaven

Ler-te é fazer uma travessia rumo à imensidão de luz que brota nas tuas palavras...

beijo

Imagen de jopeman

Re: Travessia

Sempre fiel à tua escrita
Uma travessia a dois somente com o caminhar de um.
"E derrubaste as muralhas da minha solidão
Com a imensidade do teu infinito de luz"
Gostei imenso.
Bjo

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