NA TUA LÍNGUA MATO A SEDE …

 

Quando as nossas línguas se tocam,

fico sem peso.

 

Os meus pés dizem adeus

ao chão.

 

O meu corpo desaparece pelo clarão

dos meus olhos

fechados dentro dos teus.

 

Quando as nossas salivas se misturam,

fico sem sede.

 

Os meus pulmões esquecem-se de respirar

o ar

respirando o fogo do teu fôlego.

 

O tempo soa a fundo do mar

enquanto nossas línguas se comem

à toa.

 

Canoa controladamente desnorteada

pela efervescência das nossas almas

massificadas de

Tu e Eu…

 

 

 

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Viernes, Marzo 23, 2012 - 01:19

Poesia :

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Henrique

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Comentarios

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canoa desnorteada que dá á

canoa desnorteada que dá á costa dos prazeres

nas areias quentes de nossos corpos....

simplesmente... adorei o poema !! :))

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