SÓ LEMBRAMOS QUANDO SE TEM
Só nos lembramos quando se tem
Há tantos dias que não vejo o Sol o dia inteiro,
Este Sol que alcança o mundo sem dinheiro,
Já sinto saudades do céu azul, da sua luz, do seu calor,
As nuvens mantêm-no escondido há tanto tempo,
Olho para o céu logo de manhã, está todo cinzento,
Sinto – me triste, tenho frio, sinto falta do seu amor.
Quando tenho todos os dias este Sol que me ilumina,
Sinto algo dentro da minha alma que me anima,
Depois fico a ele habituado, não ligo, nem penso nele,
Mas quando ele me falta, sinto vontade de o ver,
Sinto que ele é o mais importante para eu poder viver,
E dele me lembro que existe, sou ingrato para com ele.
Assim como ajo com o Sol, ajo, com tudo o que tenho,
É tudo importante para a minha vida, não me empenho,
Só quando fico privado de algumas destas coisas tão belas,
Choro, tenho saudades, ando louco, me castigo,
já a perdi, não volta mais e sem elas parece que não vivo,
Depois já dou valor e penso, quão importante são elas.
Porque será que eu sou assim? Tenho pena de o ser.
Devia dar valor às minhas coisas não deixá-las morrer,
Sem amor, sem carinho, sem afecto, eu não quero ser assim,
Se assim fui concebido, com tantos defeitos no meu crer,
A mim me condeno, me castigo que mais eu posso fazer?
Queria senti-las no meu eu, porque fazem parte de mim.
Enquanto eu estive protegido pelo meu pai e a minha mãe,
Eu via – os todos os dias, estava alegre e não ligava também,
Ai, mas quando eles me faltaram eu senti – me tão sozinho,
Fiquei louco, chorava todos os dias, parecia que o mundo acabou,
Para mim, parecia que a minha vida, nesse momento começou,
Sentia tanta falta da sua presença do seu amor e carinho.
Sou ingrato, e um dia eu vou pagar do mesmo modo, certamente,
E aí eu vou sentir quanta falta faz o amor verdadeiramente,
Entre o amor e o mundo, se preferir escolher o mundo, fico só,
Mas, se eu pensar muito bem e quiser escolher o amor,
Eu posso conquistar o mundo, e assim fico muito melhor,
Já sei dar o valor às minhas coisas e de mim mesmo não tenho dó.
Quando comecei a entender o mundo, saber o que era o mal e o bem,
Eu devia ter logo aprendido a dar o valor às coisas que a gente tem,
Mas eu fui concebido assim, como toda a gente, com defeitos e pecados,
O que é que eu hei-de fazer, se comigo também nasceu a ingratidão?
Posso sempre ser melhor, para melhorar a minha própria razão,
Pois assim, eu e os outros poderíamos aprender a amar e a ser amados. 2/01/201
Submited by
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 1780 reads
Add comment
other contents of José Custódio Estêvão
Tema | Título | Respuestas | Lecturas |
Último envío![]() |
Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Erótico | LINDAS PERNAS | 0 | 6.637 | 04/20/2016 - 09:40 | Portuguese | |
Prosas/Pensamientos | REFLEXÃO | 0 | 2.862 | 04/13/2016 - 11:42 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | O VENTO BATE À JANELA | 0 | 4.000 | 04/13/2016 - 11:27 | Portuguese | |
Prosas/Pensamientos | A VIDA | 0 | 3.117 | 04/06/2016 - 10:12 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | AR É VIDA | 0 | 2.759 | 04/06/2016 - 09:56 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | NADA ME PERTENCE | 2 | 1.850 | 03/31/2016 - 10:22 | Portuguese | |
Prosas/Pensamientos | AURÉOLA | 0 | 5.160 | 03/30/2016 - 10:59 | Portuguese | |
Prosas/Pensamientos | UM TROVÃO | 0 | 2.445 | 03/23/2016 - 11:09 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | SE NÃO SE PLANTAR | 0 | 2.590 | 03/23/2016 - 10:55 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | O GOSTO DE APRENDER E ENSINAR | 2 | 5.205 | 03/18/2016 - 11:32 | Portuguese | |
Prosas/Pensamientos | A TERRA | 0 | 4.904 | 03/16/2016 - 11:51 | Portuguese | |
Prosas/Otros | ATÉ O MAR | 0 | 2.603 | 03/09/2016 - 12:33 | Portuguese | |
Poesia/Intervención | A DESGRAÇA DE UMA NAÇÃO | 0 | 5.076 | 03/09/2016 - 12:28 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | A MÚSICA | 2 | 3.563 | 03/06/2016 - 13:06 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | ERRAR É HUMANO | 2 | 3.434 | 03/06/2016 - 13:03 | Portuguese | |
Prosas/Pensamientos | HUMANOS | 0 | 495 | 03/02/2016 - 11:27 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | QUEM RIU DE MIM | 0 | 1.033 | 02/24/2016 - 11:23 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | NUVENS PRETAS | 0 | 2.318 | 02/17/2016 - 11:23 | Portuguese | |
Poesia/Amistad | DORA | 0 | 1.553 | 02/10/2016 - 15:51 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | POR FORA E POR DENTRO | 0 | 3.498 | 01/27/2016 - 12:48 | Portuguese | |
Poesia/Intervención | QUEM TEM UNHAS | 0 | 1.732 | 01/20/2016 - 11:09 | Portuguese | |
Poesia/Amor | É UM SOFRER SEM QUERER | 0 | 4.723 | 01/13/2016 - 11:13 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | VENCEDORES E VENCIDOS | 0 | 2.613 | 01/06/2016 - 15:59 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | A CAÇA E O CAÇADOR | 0 | 6.578 | 12/30/2015 - 10:58 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | SORTE | 0 | 4.268 | 12/23/2015 - 15:55 | Portuguese |
Comentarios
Gostei
Gostei bastante...
Parabéns
Bjs na alma,
Keila... .....)...(@
:)