POETA DE MIM
APÓS A DESILUSÃO
Na noite em que te perdi, amor, pensei ter acabado o Mundo.
Adormeci numa escuridão profunda acordando numa madrugada clara
estavamos no mesmos sitio , janela,e quarto onde nosos corpos se amaram
Mas jorrava a luz intensa da cantata que a Vida Continua.
Existem flores, bungavilias, douradas
Rolas perdizes e malaguetas
Depenicando meu jardim
Tudo igual como até ontem
Claridade do mesmo Sol
O mesmo porto onde repousa nossa canoa
Onde pescam nossos irmãos pescadores
Tudo igual
A noite virá ,ainda é dia do primeiro dia,
E as marés continuarão subindo em duas horas
como trovão
Beijarão as margens do rio ,arrastarão os jacarés
levantado barcos
Suas àguas voarão indiferentes a que meus pés
pisem raivosamente
as margens vivas de seu leito
Bedanda-Rep.Guiné Bissau-1963
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Bedanda é uma pequena população no Sul da Guiné-Bissau, no meu tempo uma pequena zona agrícola, que enchia os celeiros da CUF, com um quartel instalado nesse centro, desprotegido,cercada apenas de arame farpado, mas rodeada de tabancas, aldeamentos indígenas,e por um arvoredo da floresta tropical, onde tudo se encontrava virgem, e que servia para se ir buscar porcos selvagens para a alimentação que chegava ao quartel, pois a oficial só entrava acompanhada de uma coluna militar portuguesa, fortemente armada.
A iluminação fazia-me por Petromax.
Eu comandei esse pequeno quartel para defender os interesses da CUF ... O Nino Vieira estava a escassos quilómetros de nós, e para nos massacrar, dava tiros de pistola, o que obrigava todos os militares não dormir, pernoitando nos abrigos.
Criámos uma relação intima com a população, recebia alguns comandantes do PAIGC para matar o bicho, claro que fingindo não saber quem eram.
E aí apareceu a Augusta, uma linda bajuda balanta, étnia local, que me lavava a roupa e por quem me apaixonei e com quem acasalei. No entanto ela muito jovem se apaixonou por um meu companheiro de armas, soldado balanta, e para repor a verdade , deixei acontecer a sua fuga, assumindo-me, então, como padrinho do seu casamento, celebrado pelo nosso capelão. Histórias de uma Guerra injusta nas margens de uma rio com Macaréus, subidas de nível de águas em 2 horas, o que se tornava um grito da Natureza contra o sangue sujando seus leito e azul esverdeado, berrando aos Homens , amem-se, façam amor em vez de guerra.
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Bedanda é uma pequena população no Sul da Guiné-Bissau, no meu tempo uma pequena zona agrícola, que enchia os celeiros da CUF, com um quartel instalado nesse centro, desprotegido,cercada apenas de arame farpado, mas rodeada de tabancas, aldeamentos indígenas,e por um arvoredo da floresta tropical, onde tudo se encontrava virgem, e que servia para se ir buscar porcos selvagens para a alimentação que chegava ao quartel, pois a oficial só entrava acompanhada de uma coluna militar portuguesa, fortemente armada.
A iluminação fazia-me por Petromax.
Eu comandei esse pequeno quartel para defender os interesses da CUF ... O Nino Vieira estava a escassos quilómetros de nós, e para nos massacrar, dava tiros de pistola, o que obrigava todos os militares não dormir, pernoitando nos abrigos.
Criámos uma relação intima com a população, recebia alguns comandantes do PAIGC para matar o bicho, claro que fingindo não saber quem eram.
E aí apareceu a Augusta, uma linda bajuda balanta, étnia local, que me lavava a roupa e por quem me apaixonei e com quem acasalei. No entanto ela muito jovem se apaixonou por um meu companheiro de armas, soldado balanta, e para repor a verdade , deixei acontecer a sua fuga, assumindo-me, então, como padrinho do seu casamento, celebrado pelo nosso capelão. Histórias de uma Guerra injusta nas margens de uma rio com Macaréus, subidas de nível de águas em 2 horas, o que se tornava um grito da Natureza contra o sangue sujando seus leito e azul esverdeado, berrando aos Homens , amem-se, façam amor em vez de guerra.