NOTA DE FALECIMENTO DE MEU PAI!

Minhas amigas e meus amigos poetas. Faz muito que aqui não venho, pois meu estado de saúde está muito susceptível. Mas o que aqui vos trago é toda esta tristeza, que se abateu sobre a nossa casa. O Sr. meu pai, Valério de Assunção Francisco, de 74 anos de idade, acabou por falecer, causa de um cancro avançado no pâncreas, na madrugada de dia 08/07/2012.

Foi muito sofrimento, meu pai já não nos reconhecia, já não falava (acabando mesmo por perder a visão), não comia, não bebia e pouco ou nada dormia, tamanhas eram as dores, pois o maldito já se tinha instalado nos pulmões e no figado, então sempre que iamos todos os ias de visita, meu pai estava sempre na mesma posição, respiração acelarada e com grandes queixumes, a todos transtornando, mas o pai e só ele sabia o quanto estava a sofrer, mesmo com doses cavalares de morfina e de outros medicamentos para tentar atenuar as dores. Foi e ainda é um enorme choque, mais a mais, que meus paos estiveram casados durante 50 anos e minha mãe já está com seus 75 anos, onde tudo é muito mais escuro. Agora somos os dois e todo o meu tempo é para minha mãe, para que regresse à vida e continue seu caminho.

Quero acreditar e isso faz-me muito bem, pensar que meu querido pai tenha por instantes adormecido e assim partindo, em paz e sem mais dores. Gostaria que as noticias não vos trouxesse tristeza, mas desde que nascemos esta é a única certeza que temos: todos acabamos por morrer um dia. Sei que todos vós, que muito considero estarão de mãos dadas com o pai, neste imenso Universo. Que esteja em paz e o meu bem haja (de minha parte e da mãe Casimira) para todos vós. Continuem a florescer e obrigado pela vossa atenção!

Abraços meus!

Jorge Humberto

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Sábado, Julio 14, 2012 - 13:03

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Jorge Humberto

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A MORTE É QUE ESTÁ MORTA

A morte é que está morta.
Ela é aquela Princesa Adormecida
no seu claro jazigo de cristal.
Aquela a quem, um dia - enfim - despertarás...

E o que esperavas do teu final
é o teu primeiro beijo nupcial!

- Mas como é que eu te receava tanto
(no teu encantamento lhe dirás)
e como podes ser assim - tão bela?!
Nas tantas buscas, em que me perdi,
vejo que cada amor tinha um pouco de ti...

E ela, sorrindo, compassiva e calma:

- E tu, por que é que me chamavas Morte?
Eu sou, apenas, tua Alma...

MÁRIO QUINTANA

Imagen de Cortilio

Meu amigo, meus sinceros

Meu amigo, meus sinceros pêsames. Um abraco na alma.

Imagen de Jorge Humberto

Cortilio,

Agradeço de coração tuas palavras de pêsames,
assim como o belo poema do Poetinha.

Tudo junto, a perda de meu pai (ainda hoje o julgo na cama dormindo) e a doença que veio para ficar. Espero nova medicação e que esta me ajude de vez, pois meu organismo por notma tudo rejeita. Tenho muitas esperanças.

Saudades com meu abraço
Jorge Humberto

Imagen de Teresa Almeida

Entrei aqui, amigo Jorge

Entrei aqui, amigo Jorge Humberto, e fiquei desolada com as notícias.

Lamento imenso as grandes contrariedades que tens vivido e envio as minhas condolências pela morte do teu querido pai.

É aguda esta fase da tua vida; talvez nela ganhes coragem para voltar a sorrir - é o que desejo.

É claro que já tinha reparado que estavas doente porque me apercebi que deixaste de fazer algo que te agradava imenso - escrever.

Que as melhoras sejam rápidas.

Grande abraço.

Imagen de Jorge Humberto

Querida amiga, Teresa,

dos amigos só o melhor tenho colhido, exemplo disso a tua pessoa e as belas palavras, com sentidos pêsames pela morte de meu pai. Conforta-me pelo menos saber que já não sofre mais, pois nem as doses maciças de Morfina, 24 sobre 24 horas já não lhe ajudavam, e a cada visita uma dior tamanha por ver o pai assim, sofrendo, definhando.

De facto faz muitos meses que adoeci gravemente, fisica e psiquicamente,
consegui algum alivio, por via de um medicamento deminha mãe e vim logo a correr ver os amigos, atenuando as saudades. Espero dias melhores a partir do final da semana que vem, veremos se tudo corre bem,pois são muitas as minhas expectativas. Fiz um poema, irei publicá-lo de seguida.

Beijinhos muitos
Jorge Humberto

Imagen de Celia Tomaz

...nesta hora...

Amigo Jorge, nesta hora de dor as palavras são fracas... mas ainda assim estas que lhe deixo são de coragem para continuar buscando a força nas coisas boas que o seu pai lhe deixou;lembrando-se que de lá onde ele habita tudo é amor... e certamente ele não gostará de ver o seu filho em tão grande desânimo.
Coragem amigo! a energia e o amor do seu pai estará sempre na sua vida.
Um abraço.
Célia

Imagen de Jorge Humberto

Querida Célia!

Fico emocionado com as tuas palavras de coragem, incentivo e pelas condolências, que levarei a meu pai, lá onde descansa, junto a uma jovem árvorzinha que o acompanha, dia e noite. Meu tempo não tem proporcionado a que venha, senão de qiando em vez, por instantes, ao meu PC, pois agora sou eu que tenho de cuidar de tudo, quer em casa quer fora, pois minha mãe também já está velhunha e quero que ela tenha a maior tranquilidade do mundo, sem no entanto a incentivar a sair todas as manhãs, para tomar o seu pequeno almoço na companhia de suas amigas, não a quero a entregar-se a imensa tristeza de perda tão grande para ambos, que a mãe sente de uma forma bem mais forte, pois partilhou sua vida, com meu pai, durante 50 anos. És muito simpática e de uma semsibilidade admirável... grato soi pois por te ter por amiga e saber que me tens de forma igual. Eu desde Dezembro do amo passado que também estou acometido de doença, derivado de meus muitos nervos, de tal maneira que fico completamente entrevado, pois todos os mísculos ficam presos e as dores no corpo são inumanas, e nestas coisas da alma poucos são os médicos sensiveis ao que lhes conto, de maneira a ajudar-me, já que ao contrário de ima pessoa normal, no que respeita a medicação, tenho de tomar muito mis para conseguir o equilibrio fisico e emocional. Vou amanhã dia 09/08 falar com a minha médica de família, contar-lhe e que já lhe contei mais de uma vez e, dentro de sua possibilidades e responsabilidades, enquanto médica, consegue abrir uma peqiena excepção, em relação à medicação, que em nada altera meu comportamento, não ando como sói dizer-se drogado, apenas atinjo a normalidade de qualquer pessoa, que faz sua vida sem sofrimento. Algo terei de grave mas cheguei a ir às urgências, e o que fizeram, depois de esperar horas e horas, foi receitarem-me os mesmos comprimidos, que já tinham deixado de fazer efeito e ainda para mais reduziram estes, e passaram todo o tempo a rir como se eu fosse nada a seus olhos, eu que sofria a bom sofrer. Portanto verei como ocorrerá a conversa de amanhã com minha médica, pois eu preciso de estar bem, pois minha mãe precisa de tudo de mim. Dessculpa-me o desabafo, esta também é uma forma de não me sentir quase que um monstro. Acabei de ler para a mãezinha o que escreveste, que se emocionou, logo chorou e agradeceu-te a beleza de teu ser, enviando, junto com o meu, um beijinho muito grande pela tua presença querida.

Beijinhos querida
Jorge Humberto

Imagen de Celia Tomaz

Amigo Jorge

Amigo Jorge,

Vejo que todo o teu Ser está abalado com a morte do teu pai.
Se quiser envia-me o teu e-mail e poderemos falar mais em privado, dando-te algumas dicas para poder ultrapassar toda esta situação.
Um abraço no coração para a mãe e para ti.

Célia

Imagen de Rafael Neves

A morte pode ser das poucas

A morte pode ser das poucas certezas da vida, mesmo assim, será algo para que nunca estaremos verdadeiramente preparados, por muito que ela se anuncie. Um abraço e muita força, Jorge!

Imagen de Jorge Humberto

Agradecido!

Meu caro amigo, Rafael Neves, boas emoções percorem meu corpo, ao ler tuas sentidas palavras, encerrando grandes verdades. Obrigado pelo nobre gesto, em memória de meu pai, e pela força que me deixas.

Abraços meus!
Jorge Humberto

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