O SILÊNCIO CHAMA POR MIM




O SILÊNCIO CHAMA POR MIM

 

Gritos de silêncio chamam por mim,

Não os ouço, mas sei que vêm de onde vim.

São os meus gritos que deixei na solidão,

Querem que eu volte e os traga comigo,

Pois não podem passar sem um grande amigo,

E ficam tristes por gritarem em vão.

 

Os meus gritos não os quero silenciados,

Quero que se libertem de mim, acompanhados.

Grito para o mundo no meu silêncio guerreiro,

Através das minhas atitudes emocionais

Que, herdei dos meus velhos e saudosos pais

E não sou capaz que sejam ouvidos no mundo inteiro.

 

Para dentro de mim mesmo, os meus gritos lanço,

Ficam presos num silêncio sem fazer um avanço.

Assim procedo para não me chamarem louco,

Pensando apenas, e nos meus olhos eu mostro,

Que, eles existem e mais nada eu posso,

Fazer para que sejam ouvidos ainda que pouco.

 

Vou soltar os meus gritos no horizonte do mar,

Lá os vou deixar para que se possam libertar.

Regresso e com saudades deles eu ficarei.

Sei que eles ficam bem gritando lá no fundo

E eu crio outros gritos com um sentido mais profundo,

E para lá do mar um dia também os mandarei.

 

Todos os gritos que eu solto nunca se perdem,

Ficam colados no papel onde todos eles jazem.

Apenas se soltam quando os torno a ler,

Portanto, os meus gritos nunca morrerão comigo,

Ficam eternos, já que eu não consigo,

E assim, comigo nunca hão de morrer.

 

2007-Estêvão

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Domingo, Septiembre 9, 2012 - 10:57

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José Custódio Estêvão

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