Sempre o mesmo

Constelações justapostas aos búzios da tua boca, soltam-se como salpicos, signos, símbolos de tua textura que decoro a cada passagem de meu olhar, meu lábio, minha língua a vens e vais, sobre tuas cartilagens e teus seixos.
Eu, orlada de pérolas, sou oriente e fonte desarmada em interno, intenso pulsar que enfeito de suspiros.
Sempre a mesma lua de gestos e silêncios. Sempre a mesma giesta e urze nos dedos como arrancadas à monotonia do sol de Inverno
ou corpo sentado à chuva, terno.