NÃO VIRAM A ESPERANÇA?




 

Não viram a esperança?

 

 

 

Sopros de miséria e esperança,

Cada vez no nosso mundo mais avança,

Desilusão, fome, desprezo são demais,

 A riqueza e a pobreza se separam cada vez mais,

O fosso é tão grande que já não se vê o fundo,

E as desigualdades entristecem o nosso mundo.

 

 

A miséria, a derrota podem criar expectativas,

Pois as forças anímicas estão sempre vivas,

Mas o tempo, vai criando a desilusão,

E o cair dos braços por ouvir sempre não,

A um grito uníssono dos marginalizados,

Que todos os dias continuam a ser ignorados.

 

 

Espavoridas andam as mentes, na sua refrega,

Deixando a cicatriz do destino que se pega,

Na frente ou atrás da esperança ou desalento,

Que torna o futuro rápido ou lento,

E alma branca impoluta ou conspurcada,

Pela sorte que pode trazer tudo ou nada.

 

 

Para quem caiu no chão e já não se levanta,

Não há refrega, já não sai voz da garganta,

Não há mãos que dêem as mãos para se erguer,

Calam – se as vozes fracas até morrer,

O céu deixou de ser azul, passou a ser escuridão,

E a vida que era luz dorme no chão.

 

 

 

Tavira, 12 de Agosto de 2009 - Estêvão

 

 

 

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Martes, Diciembre 25, 2012 - 12:30

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José Custódio Estêvão

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