A sina do (des)encontro

Passaste por mim de rompante, a fugir,
Não de mim, mas do que te atormenta,
Talvez de todos os teus medos,
Talvez da saudade que te magoa.

Nem me olhaste, mas não tinhas que olhar
Não me conheces, não sabes nada de mim,
Onde vivo, com quem cresci, quem sou
Mas não pude deixar de reparar em ti.
Esse teu ar pesado de quem sente o dia interminável
Reflecte a falta de um abraço ou talvez de um beijo
Que, pelo menos, te faça sorrir.

Onde vives? Com quem cresceste? Quem és?
Podes não responder, ou talvez queiras responder mais tarde.
Apenas não sei nada de ti e só te conheço lá do bairro.
Não sou ninguém a querer magoar-te
Ou mais um daqueles que te jura amor eterno
E escorrega assim que te vê enfraquecida.
Sou talvez um ombro amigo
Sempre que precisares de amparo ou aconchego.
Ou talvez não te seja nada se todos os dias
Passares por mim, a fugir, de cabeça baixa
Com medo de olhar em frente.

Amanhã quero ver a cor dos teus olhos,
A cor, o tamanho, a forma…
Amanhã quero ver-te, a ti, não a tua sombra
Que deambula ao acaso,
E quem sabe possa ficar bem mais satisfeito
Se me sussurrares o teu nome.

Por: Nuno Barradas

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Martes, Enero 29, 2013 - 03:03

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