Amar em Sociedade
A vida é uma maré de contradições constantes. Os enamorados que se acusem. Toda a gente está farta e cheia de saber que todos os homens desejam ter uma boa namorada que seja o seu pecado mortal em privado, e que todas as mulheres desejam namorar com um "bad boy" que não fuja às expectativas de que um homem mau poderá se tornar num bom homem, tudo pelo amor que nutre por aquela mulher.
Esta teoria é uma treta, é simplesmente uma falácia. Não existem pessoas que irão mudar por ti, nada disso, se tu queres um trabalho bem feito tens que ser o exemplo para essa mesma obra. Não podes e não irás mudar por alguém, tu irás, sim, revelar o teu Eu, a tua desgraça, o pecado de alguém, o suicídio de outro alguém e quando assim a vida o determinar, irás te levantar e passar por cima das promessas inafundadas.
Os mais variados tipos de sentimentos são uma benção e uma maldição. Após sentirmos a dor de um coração partido, damo-nos conta do quão vazios ficámos sem um Amor, sem conseguirmos gostar de alguém pelo prazer de simplesmente gostar, e o não conseguir rir com verdadeiro prazer é o gosto dessa maldição. A maldição de amar uma vez quebrada, arranca-nos a vonta de querer sentir qualquer coisa que nos possa fazer fazer sentir que estámos vivos.
Sofrer por amor é uma prerogrativa do Homem por não sabermos amar, não nos sabermos dar e extravazar o sentimento que nos corrói o peito. O percurso de uma criança até à tenra idade de amar é feito, pois, na presença de milhares e milhares de exemplos que lhes mostra a teoria do Amor, desde os desenhos animados da Disney onde a mensagem é passada com clareza: todas as princesas serão amadas por príncipes, até aos mais variados tipos livros que os pais lhes lêem todas as noites e à sensação de segurança e carinho que estes lhes transmitem.
Será que é mesmo este tipo de mensagem que existe no nosso dia a dia? Cada vez mais vivemos numa sociedade em que o sexo e o prazer imeadiato e sem laços que possam perdurar mais que um orgasmo é visto com bons olhos. E por que não? Assim não te magoas, mas por outro lado sentes-te usado, vazio, dermente, um corpo com uma alma denegrida e corrompida. O sexo é fácil, o amor não. O amor é o passe livre para o sofrimento. Somos todos diferentes mas todos tão iguais no que toca a sentir.
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Comentarios
Um belo texto reflexivo!
Parabéns pelo belo texto reflexivo!
Ninguém sabe tudo sobra a vida, somos meros aprendizes!
Abraço
Olá, Joana!
Somos tão previsíveis... logo "Descartáveis".
Gostei de tua prosa.
Beijinhos
Jorge Humberto
PS: Ausente, faz muitos meses, por motivos de saúde.
Segunda, 01 de Abril, entro em tratamento.
Acredito muito na recuperação.
Gosto de pensar e de
Gosto de pensar e de acreditar, nem que seja em sonhos, que não somos, todos, assim tão previsíveis.
Obrigada.
Beijinhos,
Joana Silva.
Espero que fiques bem, Jorge, muita força!
Os relacionamentos humanos
Os relacionamentos humanos sempre tiveram os seus períodos negros
e acredito que vivemos atualmente um deles.
O que podemos esperar se vivemos a Era do Descartável?!...
Certamente é mais uma machada na caduca teoria da evolução!
Votos de Pascoa Feliz!
__Abilio
Certamente, caro amigo,
Certamente, caro amigo, partilho da sua opinião!
Quem sabe, um dia voltamos à Era do Memorável?! ;)
Obrigada, desejo-lhe uma Santa Páscoa!
Joana
Amar em Sociedade
De amor eu não sei nada, ou melhor, sei cada vez menos... estou próximo de zero rss Mas concordo inteiramente com a tua perspectiva, Poeta: "O sexo é fácil. O amor não."
Gostei da prosa. Reflectida, sociológica!
Beijinhos
Nuno
Do amor quanto mais pensamos
Do amor quanto mais pensamos que sabemos, menos certezas temos.
Obrigada pelo teu comentário Nuno, e essa também é a minha frase/perspectiva preferida desta prosa!
Beijinhos,
Joana.