Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte VII

O Refúgio de Insanidade
 

E assim como a religião e a demência senil são refúgios contra o medo da morte, a insanidade, em suas várias formas é um esconderijo contra o sofrimento.

A chamada “loucura” surge como um eficiente meio para se evitar as recordações amargas. É uma ruptura com a dita “normalidade”, pois, com efeito, só podemos sobreviver a certos acontecimentos, se deles nos esquecermos.

Geralmente relutamos muito em pensar nas coisas que prejudicam os nossos interesses, ferem a nossa vaidade e interferem em nossos desejos. Nessa resistência que a Vontade opõe a qualquer análise que o Intelecto queira executar, está o espaço necessário para que a loucura se instale na mente, pois certos elementos serão suprimidos do Intelecto, já que a Vontade não os suporta, e as lacunas aí surgidas serão preenchidas aleatoriamente, consolidando a insanidade. E porque do Intelecto foram feitas aquelas subtrações, o homem passa a supor que aquilo não existe realmente. É a loucura oriunda do sofrimento insuportável que em nossos dias é chamada de “Transtorno Pós Traumático”, “Amnésia Emocional”, “Trauma”, “Paranoia de Guerra” etc.

Para Schopenhauer é o penúltimo recurso de que se vale a Vontade para que aquela expressão da Vida, isto é, aquele indivíduo, continue a existir. Porém, quando esse recurso não se mostra suficiente, resta o refúgio final da morte autoinfringida, como veremos a seguir.

Produção e divulgação de Pat Tavares, lettre, l´art et la culture, assessora de Imprensa e de Relações Públicas, do Rio de Janeiro, no Inverno de 2014.

Submited by

Domingo, Junio 29, 2014 - 14:59

Prosas :

Sin votos aún

fabiovillela

Imagen de fabiovillela
Desconectado
Título: Moderador Poesia
Last seen: Hace 8 años 14 semanas
Integró: 05/07/2009
Posts:
Points: 6158

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of fabiovillela

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Tristeza A Canção de Alepo 0 6.868 10/01/2016 - 21:17 Portuguese
Poesia/Meditación Nada 0 5.958 07/07/2016 - 15:34 Portuguese
Poesia/Amor As Manhãs 0 5.459 07/02/2016 - 13:49 Portuguese
Poesia/General A Ave de Arribação 0 6.014 06/20/2016 - 17:10 Portuguese
Poesia/Amor BETH e a REVOLUÇÃO DE VERDADE 0 7.080 06/06/2016 - 18:30 Portuguese
Prosas/Otros A Dialética 0 11.378 04/19/2016 - 20:44 Portuguese
Poesia/Desilusión OS FINS 0 6.561 04/17/2016 - 11:28 Portuguese
Poesia/Dedicada O Camareiro 0 7.562 03/16/2016 - 21:28 Portuguese
Poesia/Amor O Fim 1 5.899 03/04/2016 - 21:54 Portuguese
Poesia/Amor Rio, de 451 Janeiros 1 10.824 03/04/2016 - 21:19 Portuguese
Prosas/Otros Rostos e Livros 0 8.408 02/18/2016 - 19:14 Portuguese
Poesia/Amor A Nova Enseada 0 6.118 02/17/2016 - 14:52 Portuguese
Poesia/Amor O Voo de Papillon 0 5.681 02/02/2016 - 17:43 Portuguese
Poesia/Meditación O Avião 0 6.160 01/24/2016 - 15:25 Portuguese
Poesia/Amor Amores e Realejos 0 7.614 01/23/2016 - 15:38 Portuguese
Poesia/Dedicada Os Lusos Poetas 0 6.181 01/17/2016 - 20:16 Portuguese
Poesia/Amor O Voo 0 5.821 01/08/2016 - 17:53 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Pessimismo Filosófico 0 9.167 01/07/2016 - 19:31 Portuguese
Poesia/Amor Revellion em Copacabana 0 5.634 12/31/2015 - 14:19 Portuguese
Poesia/General Porque é Natal, sejamos Quixotes 0 6.310 12/23/2015 - 17:07 Portuguese
Poesia/General A Cena 0 6.604 12/21/2015 - 12:55 Portuguese
Prosas/Otros Jihadismo: contra os Muçulmanos e contra o Ocidente. 0 10.082 12/20/2015 - 18:17 Portuguese
Poesia/Amor Os Vazios 0 8.938 12/18/2015 - 19:59 Portuguese
Prosas/Otros O impeachment e a Impopularidade Carta aberta ao Senhor Deputado Ivan Valente – Psol. 0 7.633 12/15/2015 - 13:59 Portuguese
Poesia/Amor A Hora 0 8.921 12/12/2015 - 15:54 Portuguese