Do exato momento da VIragem

Amplio o olhar. Traço-o numa escala de inalcançável dimensão. Pelo menos terrena. Pelo menos à medida do magro conhecimento que possuo sobre as leis do Universo. Mas tenho uma mente cognoscível de palavras dispostas em tabuleiros de jogos imprevisíveis. Alguns, sei que vou ganhar. Outros, provavelmente a maior parte, serão a roleta que ora se aproxima dos números da sorte, ora se trapaceia para rir do azar. Sorte e azar! Tão ténue o limite. Como amar e odiar. Como viver e morrer. Como… o hoje e o amanhã, como a fragmentação do tempo em horas, minutos, segundos.
Marcas visíveis na invisibilidade de uma simultaneidade temporal que só o pensamento domina. A uma velocidade imensurável. Tento retardá-la para resgatar momentos. Tento acrescentar alguns dados de previsibilidade, tão só para sustentar os desejos para o novo ano. No exato momento da VIRAGEM.
Consciente desta impossibilidade, será a emoção pelos amores maiores que me tomará, levitando-me na semântica do sonho.
E é por ela que sorrio enquanto me borbulho no champanhe do momento.

Odete Ferreira (OF)
Imagem – Obra de Daniel Castro (ver em http://portate-mal.blogspot.pt/ )

Acompanhar-vos-ei num brinde a um ANO mesmo NOVO! A não ser assim, 2015 será apenas mais um que enfeitará paredes (des)lavadas da esperança que vai esmaecendo…Haja crença! 

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Martes, Diciembre 30, 2014 - 13:27

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Odete Ferreira

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