CASTRO ALVES, O POETA INFANTE


Castro Alves mui loquaz e retumbante
desejou saber onde Deus se escondia.
Atropelou o mundo como poeta infante,
aguardando de Deus resposta à revelia.

Laçou no infinito os astros e as estrelas,
rabiscando versos nas vielas do espaço.
Aprisionou estrelas, e mesmo sem vê-las
trouxe toda poesia amarrada em seu laço.

J. Thamiel
Guarulhos, 30.11.18
08:36h
..................................................

Oh! Bendito o que semeia
Livros à mão cheia
E manda o povo pensar!
O livro, caindo n'alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar!

Castro Alves 
Espumas Flutuantes, 1870.

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Viernes, Noviembre 30, 2018 - 11:49

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J. Thamiel

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