A primeira vez que me mataram

Houve uma revolução por minutos
Mataram os lobos da estrada
Ou será que foram os lobos que mataram
Os viajantes no caminho?
Bem, não sei ao certo
Tudo é muito confuso na minha mente.
A primeira vez que me mataram
Eu parecia perdido
Sem saber para onde ir
Deitei-me solitário na beira do caminho
Não ouvi os passos
Nem mesmo os gritos e risadas dos malfeitores
Que espancaram os meus sonhos
De forma brutal e covarde.
O sangue jorrava
Tudo agora está vermelho
As flores, o sangue, as lágrimas…
São lobos cerebrais
Que nem consegui ver como eram.
Não consigo enxergar
Não ouço o barulho das ruas
Nem sinto o vento das campinas.
Tudo é escuro
Mas, por incrível que pareça
Não sinto medo.
Parece que estou voando
E percorro um caminho onde não sinto os meus pés.
Há uma paz celestial na minha alma
E, aos poucos, começo a ver a pequena luz.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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Viernes, Junio 19, 2020 - 17:53

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