O Cavaleiro com Escudo de Prata que Enfrentou o Monstro no Pantanal
O cenário era sombrio e perigoso
Não se ouvia nada além de alguns coaxar dos sapos no pântano
Podia sentir os espinhos tentando perfurar-lhe as pernas
Se não fossem sua proteção de couro
Presente de um dos ribeirinhos que tinha feito amizade.
A lua era muito clara e iluminava alguma parte do caminho
Onde as árvores eram esparsas
E tentava visualizar com o olhar os perigos que o rondavam
- Cuidado com as onças - disseram-lhe os ribeirinhos
- Elas atacam de forma sorrateiras e tem muitas delas por ai.
Carregava na bainha a sua espada afiada
E o escudo de prata que havia ganhado de um guerreiro
Quando, ferido por uma flecha, entregou-lhe como presente
De um moribundo que sabe ser a sua última hora nesta vida.
- Que ele possa lhe proteger e dar-lhe vida longa
Disse o guerreiro antes de sua última respiração
E seus olhos encheram-se de lágrimas.
- Socorro! Ajude-me!
É o grito de uma moça em grande perigo.
Puxa bruscamente a rédea do seu alazão
E atenta para a direção do pedido de socorro
É bem próximo e se embrenha no meio do pântano.
Com a visão um tanto turva consegue identificar
Uma moça presa nas folhagens
Cipós amarrados em suas pernas a impossibilita de andar
E a sua frente está uma criatura enorme
O cavaleiro com o escudo de prata avança com seu cavalo
Empunha a sua espada e vai em direção ao monstro
- Não! - Grita a moça - Não faça isso!
O cavaleiro se detém antes do golpe fatal
E o monstro olha para ele com um olhar de surpresa
Assustado com o brilho da espada sob a luz da lua
Se encolhe em meio ao mato que o cerca.
- Ele é uma criatura inocente - Diz a moça
Livre de suas amarras ela vai em direção a fera e a abraça
- Apenas foi amaldiçoado por uma antiga feiticeira.
O cavaleiro vê quando ela olha nos olhos do monstro
E, sob a luz da lua, entende que o amor vai além das aparências
E a tudo pode superar quando se ama de verdade.
- Me leve com você! - Ela diz olhando para o cavaleiro
- Aqui é o lugar dele.
A moça sobe na garupa do cavalo e eles olham para o monstro
Que adentra o pântano e some na escuridão
Enquanto o cavaleiro com escudo de prata segue a sua jornada
Depois de salvar a donzela perdida.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
Submited by
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 1581 reads
Add comment
other contents of Odairjsilva
Tema | Título | Respuestas | Lecturas | Último envío | Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/General | A Garota do Bar | 1 | 1.524 | 03/05/2010 - 23:12 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | Mulher (Uma homenagem a elas!) | 6 | 928 | 03/05/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Outros horizontes me esperam | 2 | 1.050 | 03/05/2010 - 12:30 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Não espero que volte | 1 | 1.287 | 03/05/2010 - 12:29 | Portuguese | |
Poesia/General | Cáceres - Paixão de Poeta | 1 | 1.726 | 03/05/2010 - 04:37 | Portuguese | |
Poesia/Desilusión | Se um dia eu voltar | 4 | 736 | 03/03/2010 - 12:18 | Portuguese | |
Prosas/Pensamientos | Ser fiel é coisa de homem inteligente | 0 | 1.629 | 03/02/2010 - 14:58 | Portuguese | |
Prosas/Pensamientos | Pecados na Noite Cacerense | 1 | 1.875 | 03/01/2010 - 11:46 | Portuguese | |
Poesia/Pasión | Porque provocas em mim essa paixão? | 3 | 595 | 02/28/2010 - 03:26 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Vejo seu sorriso e fico a contemplar-te | 5 | 1.185 | 02/27/2010 - 06:11 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Esperança de Amor | 3 | 1.063 | 02/27/2010 - 04:28 | Portuguese | |
Poesia/Pasión | Seus Olhos (3° Poema) | 3 | 670 | 02/24/2010 - 13:45 | Portuguese | |
Poesia/Desilusión | Aquele Beijo Era o Fim | 3 | 1.057 | 02/16/2010 - 00:43 | Portuguese | |
Poesia/Tristeza | Nas Curvas da Vida | 4 | 490 | 02/12/2010 - 15:27 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Sua presença é o que me faz viver | 5 | 676 | 02/12/2010 - 10:03 | Portuguese | |
Poesia/Desilusión | A Chave | 5 | 4.052 | 02/04/2010 - 19:53 | Portuguese | |
Poesia/Canción | Miragem | 3 | 1.524 | 02/03/2010 - 02:45 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Fuga | 5 | 2.145 | 02/02/2010 - 19:44 | Portuguese | |
Poesia/Desilusión | Meu Ódio Será Sua Herança | 3 | 637 | 02/02/2010 - 19:43 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Encontro | 4 | 2.593 | 01/30/2010 - 12:06 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | O Haiti não é aqui... | 2 | 1.353 | 01/19/2010 - 22:23 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Um Amor Que Nasceu Forte | 1 | 1.033 | 01/19/2010 - 18:38 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | Lu ... Tipo ... Assim | 1 | 804 | 01/14/2010 - 02:30 | Portuguese | |
Prosas/Otros | O Bugre Cacerense | 1 | 2.862 | 01/12/2010 - 04:22 | Portuguese | |
Poesia/Tristeza | Voar e Ser Livre | 6 | 566 | 01/12/2010 - 01:37 | Portuguese |
Comentarios
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com