Incógnita

Faz de conta que não me ouviu 
Que eu não disse nada 
Ignore todas as orientações 
Siga o seu próprio conselho 
E não dê ouvidos aos designíos 
Que prometem coisas irreais 
Quem sabe um mundo novo 
Onde as pessoas são legais. 

Faz de conta que não existe regras 
Que você pode fazer o que quiser 
Onde e como vier na sua cabeça 
Ignore os avisos de atenção 
As mensagens de alertas 
E apenas siga os seus instintos 
Como se o mundo lhe pertencesse 
Como se nada fizesse sentido algum. 

Tudo pode parecer normal 
Mas nada faz sentido quando se olha atentamente 
Não sabemos bem o que se passa no coração 
Mesmo a pessoa olhando em sua direção 
Os segredos e mistérios de cada um 
São lugares onde ninguém consegue entrar 
E tudo não passa de uma incógnita 
Um buraco negro sem fim 
Que suga todas as nossas esperanças 
E trucidam os nossos mais belos sonhos 
Transformando-os em pesadelos reais 
De um mundo que caminha para o caos. 

Não precisa fazer um julgamento 
Eu bem sei que minhas palavras são pesadas 
Elas ferem os ouvidos mais sensíveis 
Perturbam aqueles acomodados 
Inertes em suas zonas de confortos 
Como se nada mais fosse necessário 
Como se a vida fosse apenas mais uma falha 
Nas engrenagens da existência. 

Podem até pedir para que eu pare 
Que fique em silêncio e deixe de perturbar 
Mas isso não irá acontecer 
Porque as minhas palavras são as armas 
Que irá esmiuçar as mentes insossas 
Incomodar os corações perdidos 
E chacoalhar as mentes cauterizadas 
Levando-as a pensar de forma diferente 
E enxergar a realidade em que estamos inseridos. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

Submited by

Viernes, Marzo 24, 2023 - 20:27

Poesia :

Sin votos aún

Odairjsilva

Imagen de Odairjsilva
Conectado
Título: Membro
Last seen: Hace 1 hora 50 mins
Integró: 04/07/2009
Posts:
Points: 18890

Comentarios

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Odairjsilva

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Meditación Dor sem palavras 7 138 05/09/2025 - 23:00 Portuguese
Poesia/Meditación O que buscas? 7 138 05/09/2025 - 01:15 Portuguese
Poesia/Meditación O último suspiro 7 199 05/06/2025 - 20:01 Portuguese
Poesia/Pensamientos Viver é mais que existir 7 236 05/05/2025 - 19:09 Portuguese
Poesia/Desilusión Saudade, ciúme e desespero 7 254 05/05/2025 - 03:45 Portuguese
Poesia/Desilusión Febre mansa 7 352 05/04/2025 - 14:00 Portuguese
Poesia/Desilusión Esperança e vontade 7 203 05/03/2025 - 13:56 Portuguese
Poesia/Intervención O que realmente importa? 7 1.290 05/02/2025 - 14:31 Portuguese
Poesia/Pensamientos O tempo é espelho 7 437 05/01/2025 - 13:33 Portuguese
Poesia/Amor Não é rebeldia 7 242 04/30/2025 - 21:13 Portuguese
Poesia/Amor Quando amar é um crime 7 397 04/29/2025 - 20:19 Portuguese
Poesia/Meditación O outro lado da História 7 427 04/28/2025 - 20:57 Portuguese
Poesia/Pensamientos A memória do meu futuro 7 644 04/27/2025 - 14:40 Portuguese
Poesia/Amor Alguns encontros 7 618 04/27/2025 - 03:36 Portuguese
Poesia/Desilusión Te amar me pesa 7 452 04/26/2025 - 02:32 Portuguese
Poesia/Intervención A geração ansiosa 7 251 04/24/2025 - 22:31 Portuguese
Poesia/Meditación O Homem que Ninguém Libertou - Parte III - (O Que Veio Depois) 7 437 04/23/2025 - 20:16 Portuguese
Poesia/Meditación O Homem que Ninguém Libertou - Parte II - (A Ruptura) 7 479 04/22/2025 - 21:17 Portuguese
Poesia/Meditación O Homem que Ninguém Libertou - Parte I - (A Rotina) 7 307 04/21/2025 - 17:35 Portuguese
Poesia/Pensamientos Os caminhos da razão 7 553 04/20/2025 - 23:11 Portuguese
Poesia/Amor Próximo do infinito 7 237 04/20/2025 - 14:25 Portuguese
Poesia/Intervención Indubitável 7 366 04/19/2025 - 18:29 Portuguese
Poesia/Alegria Saber viver 7 424 04/19/2025 - 13:55 Portuguese
Poesia/Meditación Entre circuitos e silêncios 7 453 04/18/2025 - 13:36 Portuguese
Poesia/Meditación Vestígios em ruínas 7 220 04/17/2025 - 14:36 Portuguese