Conversas com o diabo
Noites intermináveis onde os pensamentos bailavam
Sussurros entre as ruas escuras da cidade
Nos becos sem saída de vielas abandonadas
Encontrou a paz que tanto procurava
O refrigério para uma alma atormentada
E não desejava falar sobre isso com ninguém.
Cansado das mentiras proferidas em seus ouvidos
Procurava alguém em quem pudesse confiar
Depois de tantas decepções na vida
A pessoa perde a esperança de ser ouvido
E não confia em mais ninguém
Nem mesmo naqueles que abrem logo um sorriso.
Saturado da presença dos seres humanos
Bandos de hipócritas interesseiros
Deixou-se descansar da fadiga humana
No mais lúgubre local onde pudesse se esconder
E as melhores lembranças que lhe vieram a mente
Foram suas longas conversas com o diabo.
Nunca quis que isso acontecesse
Mas não pode evitar o encontro
Suas queixas que pareciam fazer sentido
Não passava de reclamações banais e só pode entender isso
Quando o agente do Inferno lhe disse face a face
Que o ser humano é ambicioso e orgulhoso.
Entendeu a partir desse diálogo impensável
Que poderia ser uma pessoa diferente
Enquanto perambulava pelos becos escuros da cidade
Mas em seus discursos sutis, o seu interlocutor,
Deixou claro as suas intenções de massagear o ego humano
Para obter a sua conquista do mundo inteiro.
Muito além do que os olhos humanos podem ver
As nuvens que impedia o brilho da lua aparecer
São levadas pelo vento oriental para as montanhas
E, na claridade do corpo celeste, agora fulgurosa
Pode contemplar o fundamento de seu diálogo
Com o único ser que foi expulso do lugar mais alto.
Pega, então, as suas folhas de jornais amarrotadas
E cobre as suas feridas na madrugada fria
Antes de fechar os olhos percorre a vastidão
Os pensamentos em turbilhões de conjecturas
Tateando no ar uma resposta plausível para perguntas
Que nunca serão respondidas a contento.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
Siga-nos @poetacacerense
Submited by
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 2737 reads
Add comment
other contents of Odairjsilva
| Tema | Título | Respuestas | Lecturas |
Último envío |
Idioma | |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Poesia/Pensamientos | O mal está na letra P | 7 | 315 | 09/07/2025 - 14:07 | Portuguese | |
| Poesia/Pasión | Desejos que ardem em silêncio | 7 | 295 | 09/07/2025 - 00:02 | Portuguese | |
| Poesia/Pensamientos | Somos feitos de histórias | 7 | 436 | 09/06/2025 - 13:54 | Portuguese | |
| Poesia/Desilusión | Resposta | 7 | 339 | 09/05/2025 - 19:08 | Portuguese | |
| Poesia/Pasión | Um coração indeciso | 7 | 329 | 09/04/2025 - 18:50 | Portuguese | |
| Poesia/Meditación | Mistérios | 7 | 345 | 09/03/2025 - 19:48 | Portuguese | |
| Poesia/Amor | O que é o amor hoje? | 7 | 387 | 09/02/2025 - 18:40 | Portuguese | |
| Poesia/Alegria | A beleza da poesia | 7 | 540 | 08/31/2025 - 13:02 | Portuguese | |
| Poesia/Meditación | As maravilhas do mundo moderno | 7 | 386 | 08/30/2025 - 22:27 | Portuguese | |
| Poesia/Desilusión | Última confissão | 7 | 493 | 08/29/2025 - 22:20 | Portuguese | |
| Poesia/Intervención | O Brado no Ipiranga | 7 | 593 | 08/28/2025 - 20:16 | Portuguese | |
| Poesia/Pasión | Delírio | 7 | 442 | 08/27/2025 - 18:46 | Portuguese | |
| Poesia/Pensamientos | Um fio estendido no vento | 7 | 1.059 | 08/26/2025 - 18:29 | Portuguese | |
| Poesia/Pasión | Minha alma se curva | 7 | 621 | 08/25/2025 - 15:14 | Portuguese | |
| Poesia/Desilusión | Recusa | 7 | 681 | 08/24/2025 - 13:59 | Portuguese | |
| Poesia/Desilusión | Um dia eu quis você | 7 | 638 | 08/23/2025 - 14:03 | Portuguese | |
| Poesia/Pasión | Sob a pele | 7 | 752 | 08/22/2025 - 18:46 | Portuguese | |
| Poesia/Pensamientos | Sobre as desigualdades | 7 | 1.130 | 08/21/2025 - 19:13 | Portuguese | |
| Poesia/Pasión | Inescapável | 7 | 589 | 08/20/2025 - 18:49 | Portuguese | |
| Poesia/Desilusión | Apenas a sua atenção | 7 | 663 | 08/19/2025 - 19:39 | Portuguese | |
| Poesia/Pasión | Condenação | 7 | 595 | 08/18/2025 - 19:00 | Portuguese | |
| Poesia/Meditación | O coração de uma mulher | 7 | 756 | 08/17/2025 - 14:37 | Portuguese | |
| Poesia/Desilusión | As incertezas que me torturam | 7 | 663 | 08/15/2025 - 23:11 | Portuguese | |
| Poesia/Desilusión | Sempre perdido | 7 | 899 | 08/14/2025 - 19:43 | Portuguese | |
| Poesia/Pensamientos | Se sinto, então escrevo | 7 | 1.401 | 08/13/2025 - 21:51 | Portuguese |






Comentarios
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!