Um dia, tão cheio de brisa... Lá na Palestina
A imagem de um bebê queimado é chocante.
Não há como fechar os olhos para as atrocidades
Cometidas em nome da fé.
A Faixa de Gaza é um corredor banhado de sangue inocente
Enquanto os fanáticos
Na sua fúria desenfreada só pensam na destruição do inimigo.
Do lado israelense há menos vítimas
Até porque aprenderam a se proteger depois do Holocausto
Mas, não estão isentos dos ataques de fundamentalistas suicidas.
No ano de 1096
Em um discurso inflamado e inconsequente
O Papa Urbano II incitava os cristãos europeus
A marcharem para a Terra Santa e tomá-la dos muçulmanos.
No discurso abolia-se o sexto mandamento: não matarás
Desde que quem morresse fosse infiel ou herege.
Milhares de pessoas perderam a vida
Na esperança de encontrar salvação em Jerusalém.
E o sangue jorrou nas areias escaldantes daquele deserto.
Quase mil anos depois e os conflitos acontecem
Em proporções maiores de crueldade.
Até quando isso vai ser assim?
O que leva o ser humano a se digladiar o tempo todo?
Por que uma ideologia religiosa tem que ser superior à outra?
Para onde caminha a humanidade?
Um dia, tão cheio de brisa, lá na Palestina
Jesus caminhou no meio de pessoas oprimidas pelo Império Romano
E pregou a paz e o amor.
Ame o próximo como a ti mesmo, dizia Ele.
E onde está esse amor?
Um dia, tão cheio de brisa, lá na Palestina
Jesus olhou para o esplendor de Jerusalém e chorou.
Sim, Ele chorou.
Lágrimas saíram dos olhos do Filho de Deus
Porque Ele contemplava o desespero de uma cidade
Que virou as costas para Ele e seu amor.
Quantas vezes eu quis te ajuntar debaixo de minhas asas,
Assim como a galinha ajunta os seus filhotes
E você não quis.
Hoje não há brisa na Palestina
Apenas nuvens de poeira misturada ao sangue de inocentes.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
Submited by
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 5221 reads
Add comment
other contents of Odairjsilva
Tema | Título | Respuestas | Lecturas |
Último envío![]() |
Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Intervención | Mundo contemporâneo | 7 | 259 | 07/29/2025 - 23:09 | Portuguese | |
Poesia/Desilusión | Te amei antes de saber dizer não | 7 | 291 | 07/29/2025 - 18:40 | Portuguese | |
Poesia/Intervención | Créditos em 12x sem alma | 7 | 287 | 07/28/2025 - 23:35 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Gosto de estar comigo mesmo | 7 | 311 | 07/28/2025 - 19:01 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Queria invadir teu coração | 7 | 430 | 07/27/2025 - 13:57 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Pensamentos como poeira cósmica | 7 | 834 | 07/26/2025 - 14:48 | Portuguese | |
Poesia/Desilusión | Tento esconder o que sinto | 7 | 486 | 07/25/2025 - 22:08 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | A vida de escritor | 7 | 407 | 07/25/2025 - 18:59 | Portuguese | |
Poesia/Intervención | Manual Prático da Convivência Humana (ou Como Não Ser Bom) | 7 | 395 | 07/24/2025 - 18:17 | Portuguese | |
Poesia/Desilusión | E agora? | 7 | 546 | 07/23/2025 - 19:43 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Só de pensar em você | 7 | 417 | 07/22/2025 - 20:19 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Se você vier até mim | 7 | 569 | 07/21/2025 - 19:04 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Recordo-me em pedaços | 7 | 1.208 | 07/21/2025 - 19:01 | Portuguese | |
Poesia/Desilusión | Lembrarás de mim | 7 | 564 | 07/19/2025 - 14:06 | Portuguese | |
Poesia/Intervención | Quem vai de graça? | 7 | 565 | 07/18/2025 - 14:47 | Portuguese | |
Poesia/Amor | O silêncio no teu olhar | 7 | 696 | 07/17/2025 - 20:29 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Minhas asas não são jaulas | 7 | 845 | 07/17/2025 - 14:09 | Portuguese | |
Poesia/Amor | A alma entendeu | 7 | 597 | 07/17/2025 - 00:35 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Quando se prefere estar só | 7 | 687 | 07/16/2025 - 15:27 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Os monstros do futuro | 7 | 1.343 | 07/15/2025 - 19:06 | Portuguese | |
Poesia/Desilusión | No entardecer | 7 | 481 | 07/15/2025 - 13:28 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Os diários da juventude | 7 | 606 | 07/14/2025 - 15:48 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Amar e esquecer | 7 | 803 | 07/13/2025 - 16:31 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Nem sempre sei o que dizer | 7 | 649 | 07/12/2025 - 23:41 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Algumas lágrimas são poesias | 7 | 798 | 07/12/2025 - 13:13 | Portuguese |
Comentarios
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!
Instagram: @poetacacerense
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!
Instagram: @poetacacerense
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!
Instagram: @poetacacerense
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!
Instagram: @poetacacerense
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!
Instagram: @poetacacerense