Filhinhos de papai

Disseram que era apenas mais um labirinto 
Que poderia muito bem encontrar a saída 
Só precisava usar a inteligência 
E tudo ficari bem no final 
Só esqueceram de dizer que faltava-lhe o intelecto 
A massa craniana de um gênio 
E foi massacrado pelo monstro no labirinto. 
 
Um louco se escondeu na penumbra 
Ele via os verdadeiros monstros subindo a rua 
Jovens arruaçeiros filhinhos de papai 
Que não tem nada na massa craniana 
Que pisam nas pessoas a sua volta 
E colocam fogo em mendigos e prostitutas 
Como se eles não fossem as escórias da sociedade. 
 
Alguns financiadores estão a espreita 
Não querem ser conhecidos pelas autoridades 
E por isso se escondem detrás das rugas de velhos 
Que não recebem direito a sua aposentadoria 
E por esse motivo aceitam subornos 
Para permanecerem em frente aos quartéis. 
 
Do outro lado da Praça alguém observa 
Em seu silêncio indescritível não se nota 
Que uma fúria violenta perturba sua mente 
E logo sabemos pelos canais de notícias 
Que mais uma chachina foi efetuada pelas facções 
Em algum bar na periferia da cidade. 
 
Enquanto isso nas camas macias de um luxuoso hotel 
Um casal faz amor na loucura da sua intimidade 
Sem dar a mínima para quem ficou esperando 
Que seu parceiro voltasse mais cedo do trabalho 
E os sorrisos são permeados de bebidas 
No apagar de mais uma luz que era a última esperança.
 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

Submited by

Martes, Enero 9, 2024 - 19:26

Poesia :

Sin votos aún

Odairjsilva

Imagen de Odairjsilva
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 11 horas 26 mins
Integró: 04/07/2009
Posts:
Points: 16747

Comentarios

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Imagen de Odairjsilva

Visitem os

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Odairjsilva

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Intervención O clamor da Terra 6 140 09/19/2024 - 22:35 Portuguese
Poesia/Intervención Sacanagens camufladas 6 363 09/15/2024 - 13:51 Portuguese
Poesia/Meditación Existência 6 243 09/13/2024 - 22:35 Portuguese
Poesia/Intervención Fumaça 6 217 09/10/2024 - 00:34 Portuguese
Poesia/Desilusión Em algum ponto no universo 6 365 09/08/2024 - 15:08 Portuguese
Poesia/Meditación Você está aqui 6 217 09/05/2024 - 21:33 Portuguese
Poesia/Desilusión Palavras que escorrem 6 421 09/04/2024 - 20:53 Portuguese
Poesia/Meditación As palavras que saem da mente 6 373 09/03/2024 - 22:01 Portuguese
Poesia/Pensamientos Frankenstein 6 837 09/02/2024 - 23:13 Portuguese
Poesia/Pasión Corinthians, Tu és o Maior 6 274 09/01/2024 - 13:53 Portuguese
Videos/Poesía Entrevista com o Poeta Cacerense 0 80 08/31/2024 - 21:52 Portuguese
Poesia/Canción A melodia do poeta 6 438 08/30/2024 - 21:20 Portuguese
Poesia/Desilusión A vida segue o seu curso 6 557 08/28/2024 - 23:17 Portuguese
Poesia/Amor Porque te amo 6 420 08/26/2024 - 15:42 Portuguese
Poesia/Pensamientos Os estranhos 6 1.018 08/25/2024 - 14:20 Portuguese
Poesia/Pensamientos O homem de barro 6 1.191 08/24/2024 - 13:39 Portuguese
Poesia/Intervención Terra de silêncios 6 315 08/23/2024 - 23:22 Portuguese
Poesia/Desilusión A noite é longa 6 206 08/20/2024 - 20:35 Portuguese
Poesia/Pasión No abraço do desejo 6 255 08/20/2024 - 04:14 Portuguese
Poesia/Pasión Quando o meu desejo te encontrar 6 556 08/19/2024 - 02:08 Portuguese
Poesia/Pasión Intimidade 6 346 08/18/2024 - 14:32 Portuguese
Poesia/Meditación Tudo pode ser o fim 6 516 08/16/2024 - 20:51 Portuguese
Poesia/Desilusión Eu deveria ter segurado em suas mãos 6 356 08/15/2024 - 22:48 Portuguese
Poesia/Meditación Nos espelhos do mundo 6 410 08/14/2024 - 16:45 Portuguese
Poesia/Meditación O tempo 6 444 08/13/2024 - 20:01 Portuguese