Prelúdio Noir

Quando a luz, timidamente, invade a escuridão,
As paredes do abismo enchem-se de cinza:
Prelúdio noir
Para o renascer da alma.

A alma coberta de cinza,
Agora mais clara que sombra,
Desperta do sono cauto
E pisca para a luz.
Lembra uma borboleta branca abrindo a asas
Para romper o casulo.

A alma ansiosa envereda na réstia de luz,
Segue o fio tênue sem pressa.
Sabe que, se sair de uma vez,
A luz a cegará.

Nesse lento trilhar,
O medo, o senhor da escuridão,
Sugere uma falsa sensação de conforto
Como tentativa de prender sua hóspede.

A alma pensa em voltar ao sono:
É tão mais fácil.
Mas a luz a mantém cativa,
Corrente feita de sol,
E a puxa para fora.

No embate entre medo e luz,
A alma é lapidada
E,nas paredes do abismo,
Vão ficando suas lembranças.

Quando o que era escuridão
Invadir totalmente a luz,
Se dia, dois sóis iluminarão a vida;
Se noite, duas luas iluminarão o céu.

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Martes, Diciembre 8, 2009 - 00:13

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Analuz

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Re: Prelúdio Noir

Agradeço todos os comentários!A leitura dos poemas já é um grande presente! Abraços!

Imagen de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Prelúdio Noir

Lindo poema.

Gostei muito.

Parabéns.
Um abraço,
REF

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Re: Prelúdio Noir

Analuz, no renascer da alma a escuridão terminará, e como borboletas brancas abrirá suas asas e se libertará. Lindo teu poema. Parabéns!! abrasss

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