Amor desvirtuado
Até que ponto vão meus recatos?
Até onde começam meus caprichos...
Meus olhos deixam-se seduzir tão facilmente
Que as mãos nem sentem o que escrevem...
Faço sexo com os olhos
E gozo através de textos...
Não há cheiro...
Não há toque alheio...
E o passeio solitário de meus dedos
Explora um caminho já percorrido por outra pele...
Já não sinto diferença!
Até que ponto vão meus recatos?
Vão-se juntos com as roupas...
Deixo-me possuir por outros olhos
Num roçar de desejos (ab)surdos...
Nudez de almas com saudade de calor
Numa reinvenção de prazer...
Não há medo...
Não há calma...
E o passeio solitário de meus dedos
Acaba sempre antes da hora desejada...
Já não sinto mais ausência!
Conformei-me em desvirtuar o amor...
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Comentarios
Re: Amor desvirtuado
Obrigada, amigos! Um abraço!
Re: Amor desvirtuado
Analuz,
Este poema é uma obra prima.
Beijinho
Nanda
Re: Amor desvirtuado
Analuz
gostei imenso do seu poema com figuras que o embelezam ainda mais, realço estes dois versos:
"E o passeio solitário de meus dedos
Explora um caminho já percorrido por outra pele..."
bjo :-)
Re: Amor desvirtuado
Ana Luz.
Impressionante essa sublimação.
Gostei bastante deste poema.
Parabéns,
Roberto
Re: Amor desvirtuado
LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!
Respeitando teus recatos, meus parabéns,
Marne