Amor desvirtuado

Até que ponto vão meus recatos?
Até onde começam meus caprichos...

Meus olhos deixam-se seduzir tão facilmente
Que as mãos nem sentem o que escrevem...

Faço sexo com os olhos
E gozo através de textos...

Não há cheiro...
Não há toque alheio...

E o passeio solitário de meus dedos
Explora um caminho já percorrido por outra pele...

Já não sinto diferença!

Até que ponto vão meus recatos?
Vão-se juntos com as roupas...

Deixo-me possuir por outros olhos
Num roçar de desejos (ab)surdos...

Nudez de almas com saudade de calor
Numa reinvenção de prazer...

Não há medo...
Não há calma...

E o passeio solitário de meus dedos
Acaba sempre antes da hora desejada...

Já não sinto mais ausência!

Conformei-me em desvirtuar o amor...

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Sábado, Febrero 13, 2010 - 03:31

Poesia :

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Analuz

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Comentarios

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Re: Amor desvirtuado

Obrigada, amigos! Um abraço!

Imagen de Nanda

Re: Amor desvirtuado

Analuz,
Este poema é uma obra prima.
Beijinho
Nanda

Imagen de Manuelaabreu

Re: Amor desvirtuado

Analuz
gostei imenso do seu poema com figuras que o embelezam ainda mais, realço estes dois versos:

"E o passeio solitário de meus dedos
Explora um caminho já percorrido por outra pele..."

bjo :-)

Imagen de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Amor desvirtuado

Ana Luz.

Impressionante essa sublimação.

Gostei bastante deste poema.

Parabéns,
Roberto

Imagen de MarneDulinski

Re: Amor desvirtuado

LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!
Respeitando teus recatos, meus parabéns,
Marne

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