Moura desencantada
Vivíamos num castelo
Brincávamos com a tua espada.
Tu eras um príncipe belo,
Eu era a tua amada.
Meu cavaleiro andante
Sempre de espada na mão,
É uma luta constante
Seja na cama ou no chão
Vieste de espada em riste
Assustei-me quando te vi,
Falhaste a pontaria,
Não era ali, era aqui!
Assim, o tempo passou,
E já não querias brincar,
A espada enferrujou,
Havia tristeza no ar.
Quando a espada se quebrou
Acabou-se a nossa luta,
Nunca mais apanhei nada,
Nunca mais provei a fruta.
Quando a espada se quebrou,
Acabou-se a alegria,
Nunca mais apanhei nada
Nem de noite, nem de dia.
Sempre de espada em riste
Tu corrias para mim,
Agora que a partiste
Que hei-de fazer? Ai de mim!
Quando a espada se quebrou
Quebrou-se o encanto também,
Agora foges de mim
A gritar pela tua mãe!
Compra uma espada nova
Nem que seja de pilhas,
Dessas que nunca se cansam
E até fazem maravilhas.
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Comentarios
Re: Moura desencantada
Adorei!!!
Me ensina onde fica a loja de espadas!!!
Muito bom ler-te, és maravilhosa. Um poema satírico de uma elegância ímpar calcado na metáfora.
Sejas bem vinda.Precisamos de pessoas como tu aqui no site.
BEIJOS.