Depois do corpo vem a eternidade

A paisagem já não se vê.
Depois do corpo vem a eternidade
e é o vento que trás uma nova pronuncia
aos nossos lábios.

A paisagem já não se vê.

Tu estás a tremer, nos braços que se separam chega a tempestade.

A paisagem já não se sente, mas há pelo ar algum som, a poderosa força que nenhum desejo irá enfraquecer.

A paisagem já não se vê.

Depois do corpo a noite veste o tempo.

Esse tempo que apaga as viagens e as recordações, esse tempo de miserias e de declarações.

Tu sabes que esta pobreza, este nada, este estar ausente... estamos indisponiveis, tão vazios e tão absolutos.

O amor vem novo depois de morrer.

A paisagem já não se vê

Depois do corpo a noite veste o tempo.

Esse tempo que apaga as viagens e as recordações, esse tempo de miserias e de declarações.

Tu sabes que esta pobreza, este estar ausente. Estamos indisponiveis, tão vazios e tão absolutos.

Lobo 010

Submited by

Miércoles, Julio 14, 2010 - 17:22

Poesia :

Sin votos aún

lobo

Imagen de lobo
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 6 años 23 semanas
Integró: 04/26/2009
Posts:
Points: 2592

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of lobo

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Prosas/Ficção Cientifica Alguem te olha os olhos escuros 0 1.169 11/19/2010 - 00:05 Portuguese
Prosas/Lembranças Mãe pode ser um momento vago , primeira parte 0 1.513 11/19/2010 - 00:05 Portuguese
Prosas/Otros Havia um espírito cheio de pregos 0 610 11/19/2010 - 00:05 Portuguese
Prosas/Pensamientos Assim continuamos a tirar vermes da cartola. 0 700 11/19/2010 - 00:03 Portuguese
Prosas/Contos Anda alguem a desacertar o relogio do mundo parte 5 0 1.417 11/19/2010 - 00:03 Portuguese
Prosas/Pensamientos Ter os olhos pousados nas estradas 0 841 11/19/2010 - 00:03 Portuguese
Prosas/Otros Seguimos os gestos que a cidade desenha nos corpos 0 1.072 11/19/2010 - 00:03 Portuguese
Prosas/Pensamientos Estou a perder-me 0 1.050 11/18/2010 - 23:56 Portuguese
Prosas/Otros A princesa ama o dragão 0 1.931 11/18/2010 - 23:55 Portuguese
Prosas/Pensamientos Menino Jesus vamos jogar ao monopolio 0 1.210 11/18/2010 - 23:51 Portuguese
Prosas/Ficção Cientifica Ainda há policias bons 0 1.378 11/18/2010 - 23:51 Portuguese
Prosas/Otros a alma nhaé como o cume da monta 0 1.127 11/18/2010 - 23:50 Portuguese
Prosas/Pensamientos Rua da paragem sem álcool 0 903 11/18/2010 - 23:48 Portuguese
Prosas/Otros Coisa que a morte não faz 0 1.222 11/18/2010 - 23:48 Portuguese
Prosas/Pensamientos As leituras sobre a natureza 0 1.220 11/18/2010 - 23:48 Portuguese
Prosas/Pensamientos Entrego-me ao rio 0 1.198 11/18/2010 - 23:48 Portuguese
Prosas/Ficção Cientifica A rapariga dos sapatos vermelhos 3 0 1.296 11/18/2010 - 23:48 Portuguese
Prosas/Ficção Cientifica Um certo tempo do amor 0 1.196 11/18/2010 - 23:48 Portuguese
Prosas/Ficção Cientifica Assim de repente 0 1.011 11/18/2010 - 23:48 Portuguese
Prosas/Pensamientos A rapariga dos sapatos vermelhos 0 1.417 11/18/2010 - 23:48 Portuguese
Prosas/Pensamientos A rapariga dos sapatos vermelhos 2 0 995 11/18/2010 - 23:48 Portuguese
Prosas/Otros Os cavalos amarrotam o papel 3 0 2.046 11/18/2010 - 23:48 Portuguese
Prosas/Ficção Cientifica A mulher que tinha sémen nos olhos parte 3 0 1.177 11/18/2010 - 23:48 Portuguese
Prosas/Mistério Não era milagre andar sobre as águas 0 862 11/18/2010 - 23:48 Portuguese
Prosas/Pensamientos Os cavalos amarrotam o papel. 2 0 677 11/18/2010 - 23:47 Portuguese