Crónicas de Jasmim - 2 - O Cavaleiro

Ali perto, por caminhos talvez incertos,
D’ incertezas, tais destinos ou louvores,
Jovem príncipe, errante p’los amores certos,
Leva no querer, malga de sonhos e amores.

A galope, a trote, veloz em largas passadas,
No dorso do cavalo, possante e valente.
Por mares, céus e terras, aventuras passadas,
Na sombra da crina, derrotado o gigante.

À fonte, chega por fim o cavaleiro desassossegado,
Em vão… flutuando a essência da sua amada Jasmim,
Ecoando p´la terra um perfume, um aroma já levado,
Um cegante sossego, um tenebroso e-agora-de-mim?

Apesar de gritos sorver no coração, latejantes!
Nada mais que um sucumbir ao lamento,
Um trôpego cair sobre o seu pensar-de-antes:
– Jasmim… Um abraço, um beijo, um momento.

Pedro Martins