Afecto? Onde?

Onde estais? Profanado afecto!
Humano? De facto,
Desmaiado entre-linhas, entre actos...
Teatros!

...

Qual demanda, rara! Por quem? Que mentes?
Sois entes dormentes e mentes dementes,
Quais frias caras, pedregosas mãos e doentes!

Olhares convictos, concupiscentes,
Decadentes decrescências... Descrentes!

E mortos!

Sois virgulas perdidas, divagadas,
...vagadas...

Ouvidos?
Irrequietos zumbidos, as moscas,
Reticências moucas, loucas e ocas!
Cedências e decadências,
Tresloucadas passadas em cadências.

Procuro em vão... por entre indigentes,
Deparando apenas...
Por mais que olhe, oiça, apalpe... Gentes.

E a toda encontrada Merda!
P’la erguida (na verdade, rebaixada), palma da mão,
Digo... NÃO!

NÃO!...

...
Feridas as susceptibilidades,
Perdido e sem mais utilidades,
Acrescento um ponto, um conto,
Uma errata, às vozes e conto.
Recuo no tempo, por moeda mais cara,
Desenho de novo a minha cara.

Gu-Gu, Dá-Dá... (e um riso infantil)

Pedro Martins

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Viernes, Julio 23, 2010 - 09:27

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Comentarios

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Re: Afecto? Onde?

Forte, intenso, sofrido...
Traduzindo a crueza de tantas verdades...
Muito, muito bom!
"Ouvidos?
Irrequietos zumbidos, as moscas,
Reticências moucas, loucas e ocas!
Cedências e decadências,
Tresloucadas passadas em cadências.

Procuro em vão... por entre indigentes,
Deparando apenas...
Por mais que olhe, oiça, apalpe... Gentes."

Muito bom, mesmo!
Beijinho em ti, PM
Inês

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Re: Afecto? Onde?

Sofrido, sim.
É um completo cardápio de tachos, panelas e pratos, servidos frios e crus, azedados!

Obrigado pelo comentário,Inês
Um Abraço,
Pedro

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