Vultos
Tão breve quanto a luz que nasce dos teus olhos
E sim, chegaste tão tu
Tão somente virgem e inalterável
E eu, fiquei a ouvir-te
Sentada no morro que me sufocava
Reorganizando-me
E concentrando-me
Nesse sonambulismo grotesco
Nessa masmorra sinuosa
Onde as ideias te sangravam a mente
Galguei muros, e imbui-me de foros novos
Mas não atingiste a verdade dos meus olhos
E caíste do alto
Como pedra acossando os lobos
E abalaste pelos matagais
Adentro de uma imensa conjuntura
Onde os momentos se declinam
Por verem um mundo inteiro a cair no vazio
Por fim assomaste-te o inverso da única certeza
Que há em nós
Militantes de uma guerra há tanto tempo esquecida
Mas eu não me evadi
Queria saber de ti
Entrar no teu círculo
Saber-te na tua fantástica viagem
Aos confins de um mundo
Que já foi teu
E que agora me queres doar
Sem dívidas a cobrar
Confundi as cores dos teus olhos
E não atingi a tua verdade
Aquela que rolava pela tua face rubra
De ódio contido onde os vultos se escondem
Submited by
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 1137 reads
Add comment
other contents of ÔNIX
Tema | Título | Respuestas | Lecturas |
Último envío![]() |
Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Meditación | A Noite | 1 | 1.121 | 08/23/2011 - 22:20 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Forte | 1 | 1.342 | 07/04/2011 - 19:06 | Portuguese | |
Prosas/Otros | Um princípio | 0 | 1.372 | 06/24/2011 - 16:47 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Sei-te | 4 | 897 | 06/23/2011 - 16:44 | Portuguese | |
Poesia/Pasión | Um Ser | 0 | 965 | 06/16/2011 - 10:04 | Portuguese | |
Prosas/Otros | ...a querer atingir o céu | 0 | 1.278 | 05/18/2011 - 17:36 | Portuguese | |
Poesia/Pasión | Céu é Céu | 0 | 1.398 | 05/17/2011 - 02:03 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Viagem | 1 | 1.424 | 05/13/2011 - 16:14 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Espelhos | 0 | 934 | 04/18/2011 - 17:48 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Infinito | 0 | 1.125 | 04/11/2011 - 09:29 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Orquideas Brancas | 1 | 1.155 | 03/30/2011 - 14:06 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Larga-me lá! | 1 | 930 | 03/30/2011 - 13:59 | Portuguese | |
Prosas/Otros | Crer, Ser e Poder | 1 | 1.462 | 03/07/2011 - 16:45 | Portuguese | |
Prosas/Otros | Onde moram todos os silêncios | 1 | 1.453 | 03/06/2011 - 19:06 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | POWER | 0 | 1.516 | 02/28/2011 - 12:22 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Fundo de todos os fundos | 2 | 1.359 | 02/01/2011 - 23:33 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Gatafunhos | 3 | 1.289 | 01/21/2011 - 23:27 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Fragmento | 4 | 1.097 | 01/21/2011 - 22:05 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Deformações | 2 | 1.020 | 01/20/2011 - 18:36 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Onde estão todos? | 4 | 1.251 | 01/17/2011 - 12:28 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Pedra | 2 | 1.114 | 01/11/2011 - 19:33 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Onde andas | 2 | 1.085 | 01/10/2011 - 23:00 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Fez-se Noite...Fez-se Dia | 5 | 2.309 | 01/06/2011 - 19:06 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Última Lua | 1 | 686 | 12/27/2010 - 23:34 | Portuguese | |
Prosas/Otros | Onde os segredos ganham forma | 0 | 1.089 | 12/26/2010 - 20:49 | Portuguese |
Comentarios
Re: Vultos
"Mas não atingiste a verdade dos meus olhos
E caíste do alto
Como pedra acossando os lobos
E abalaste pelos matagais
Adentro de uma imensa conjuntura
Onde os momentos se declinam
Por verem um mundo inteiro a cair no vazio"
Gostei muito de ler o poema.
:-)
Re: Vultos
Assegurei-me que te sacudirias
Tão breve quanto a luz que nasce dos teus olhos...
E sim, chegaste tão tu...
Nessa masmorra sinuosa
Onde as ideias te sangravam a mente...
Galguei muros...
Mas eu não me evadi...
Aos confins de um mundo
Que já foi teu...
E não atingi a tua verdade...
Vultos se em sombra mas!!!
O encontro da alma ainda em procura de uma metade que não foi inteira!!!
Adorei este poema Ônix!!!
:-)
Re: Vultos
Há tempos não lia o sentimento que sua poesia escreve em mim.
Abraços,
Alcantra
Re: Vultos
Nas palavras se tropeça, nas essências se erra. A percepção engana, a razão atordoa e nem sempre analisa bem...chegar à verdade do outro pode ser mais arduo que escalar Anapurna. E no entanto, não tentar é recusar experimentar.
Mesmo que a verdade no fim não seja mais que um vulto distante ou um fantasma de ódio.
Re: Vultos
Querida poeta,
Creio que estes versos como que resumem todo o poema. A ilusão criada pelos nossos olhos, o mundo a cair no vazio, e a conclusão final, a lição. Para ler e viajar...
Beijinhos,
Clarisse