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Gatafunhos
Confusa
Demente
Descrente
Lágrima minha
Sem poente
Rola, rodopia
E não se conforma sozinha
Arrepia
E sofre
Sem norte
Por sorte
D’uma'lma minha
E è esteira
E é caleira
E é chuva miudinha a sarapintar as vidraças
Espelho trancando a noite
Dia clareando a sorte
E eu sou sonho
E levo comigo a desgraça
E sou chalaça
Sem alma
E sou garça no rio
No meu rio
E sou cio no mar
No teu mar
E fome no teu corpo
A esmagar-me
O baixo ventre
E sou mulher simplesmente
E sou gente
Gente que sente
Desacerto d’uma lágrima minha
E é somente
Um pingo de luar
A irrigar a plebe
Sortilégio d’um carisma sem graça
Dá-me a sua graça
E é a noite
Sem fundo
E é o dia soturno
E é o mundo
Sem mundo
E são olhos pardos
E lobos a descer da montanha
Uivos laicos
Desacertos no meu colo fechado
E acervos
E cardos
E giestas
E tojos
E rosmaninhos
Gatafunhos nos meus olhos
E são musgos
E ventos tardios nos socalcos
E talentos nos estios
E é a fome
É a fome
A estalar-me os ossos
E são esmolas
E estolas a aplaudir os chacais
E jornais funcionais
Nas mãos do pobres
Mendigos a acudir nos abrigos sepulcrais
E eu sou um magote a trote
Em busca de jóias raras, tão raras
E os meus olhos são malhas cismadas
Nos teus
E os teus são-me adornos baptismais
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Comentários
Dolores, Tu és uma jóia de
Dolores,
Tu és uma jóia de poetisa e a tua poesia é sempre uma pérola finíssima.
Beijinhos
Nanda
E sou garça no rio
Ao ler este poema lindíssimo e sentido com tanta alma
senti-me arrepiado e comovido.
Obrigado Ónix por ser quem é
e da forma que é.
Abraço.
Gatafunhos
Olá Dolores,
Um poema de gente que sente, sem dúvida. De ler e ficar sem fôlego! De voltar a ler e voltar a ficar sem fôlego...! Impressionante jogo de palavras, inspiradíssimo... é sentimento inerente em cada passagem, e a um ritmo elevado!
Creio que o prazer que lhe deu a escrever este poema ficou bem notado!
Bravo!!!
Beijinhos,
Clarisse