Um Jesus de palavras... sem armas

A ambigüidade faz parte do comportamento humano,

De um lado emite sinais de paz
De outro a guerra faz
Ambivalente crença, só quando uma criança jaz
Alarde denúncia traz

Senão acomoda fica tudo como está
Mudança ainda que pequena assusta
Mas de bacamarte a falzi, destila o homem seu fel
E quando jorra o sangue, procura inútil o mel

Mas já não mais flor
Só resta dor...

Esta ambivalência cruel
Inda nos custa a espécie

Quero ver valente
levantando luz do farol
Quero ver tenente
apagando o paiol

Porque Ele, o menino-deus
Não se fez de Zeus?

Se, ao poder da lança não se rendeu?
Se, ao vinagre da taça não se enfureceu?

Disse apenas uma frase:

"Perdoa, Pai, eles não sabem o que fazem."

AjAraújo, o poeta humanista, escrito em outubro de 2005.

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Sábado, Octubre 9, 2010 - 23:33

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AjAraujo

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Se, ao poder da lança não se

Se, ao poder da lança não se rendeu?
Se, ao vinagre da taça não se enfureceu?

Disse apenas uma frase:

"Perdoa, Pai, eles não sabem o que fazem."

.

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Re: Um Jesus de palavras... sem armas

Gostei. Boa meditação...
É bom acreditar na virtude.

Abraço

RR

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