A Filha do Caseiro

Olhou o pôr-do-sol da fazenda e sentiu a brisa fresca do ar ao mesmo tempo em que se deliciava com o cheiro de mato. Bem diferente do caos urbano em que vivia, pensou.
Tinha resolvido aproveitar a oferta feita por um amigo para passar o final de ano na fazenda. Queria descansar do estresse da cidade e ver se conseguia escrever um pouco. A esposa tinha ido, com os filhos, passar as férias com os pais e, como gostava de festas, curtir o reveillon na capital.
Na fazenda tinha uma casa grande que, segundo o amigo, era só dele naqueles dias. Perto da casa grande tinha uma casa menor onde morava o caseiro com sua esposa. Havia conversado com os dois assim que chegou e admirou a simplicidade do casal já de meia-idade.
Dormiu como há muito não dormia. Levantou tarde do dia, na verdade, na hora do almoço. Na parte da tarde resolveu escrever um pouco. Estava com os olhos fixos na tela do notebook quando ouviu, ao longe, o som de sorrisos e alegria. Levantou os olhos e pôde ver que era na casa do caseiro da fazenda. Não pôde acreditar no que os seus olhos viam. Era a última coisa que imaginava ver ali naquele lugar. O caseiro veio até ele e o chamou:
_ Gostaria que o senhor conhecesse a minha filha.
Era uma verdadeira beldade. Um corpo perfeito se deslumbrava diante dele. Morena clara, de seios fartos e pernas bem torneadas, olhos castanhos e um sorriso encantador.
Naquela tarde não teve mais sossego. Tentou escrever mais não conseguia. Da varanda ele via todos os movimentos da garota. Conversando com os pais, recolhendo as roupas do varal e encostada na porteira olhando o pai separar alguns bezerros das vacas e recolhe-los no curral.
Assim que escureceu o caseiro o chamou para o jantar. Sentado na mesa não conseguia desviar os olhos da garota. Ela agora vestia um short curto que realçava bem as suas coxas deixando-as a mostra. Notou que ela parecia não se incomodar com a sua presença. Isso o inquietava. Ela terminou o jantar, se despediu dos pais e disse que ia dormir.
Ao caminhar para a casa grande ainda olhou umas duas vezes para trás na esperança de vê-la mais uma vez. Deitou-se na cama e no silêncio da noite só se ouvia o som dos grilos.
Não sabia por que, mas ficou pensando na garota. Foi nesse instante que ouviu uma batida de leve na janela do quarto onde estava. Abriu-a e, a luz da lua, pôde ver aqueles lindos olhos castanhos.
_ Não queria que meus pais desconfiassem de alguma coisa.
Puxou-a para dentro do quarto. Ela vestia apenas uma camisola que deixava seu corpo bem visível e ao alcance das suas mãos...

Submited by

Miércoles, Julio 8, 2009 - 13:39

Prosas :

Sin votos aún

Odairjsilva

Imagen de Odairjsilva
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 9 horas 53 mins
Integró: 04/07/2009
Posts:
Points: 19540

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Odairjsilva

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Pensamientos Não é sobre entender 7 287 06/26/2025 - 20:24 Portuguese
Poesia/Amor No teu aconchego 7 284 06/25/2025 - 18:37 Portuguese
Poesia/Amor Não me esqueço do teu olhar 7 472 06/24/2025 - 18:26 Portuguese
Poesia/Meditación Quem nos desafia a crescer 7 448 06/23/2025 - 18:42 Portuguese
Poesia/Pasión O desejo que provocas em mim 7 485 06/22/2025 - 12:46 Portuguese
Poesia/Meditación Onde mora a verdade 7 521 06/21/2025 - 13:57 Portuguese
Poesia/Amor Não há caminho longe de você 7 560 06/20/2025 - 13:48 Portuguese
Poesia/Desilusión É o coração quem paga 7 566 06/19/2025 - 18:27 Portuguese
Poesia/Desilusión Sem o teu sorriso 7 681 06/18/2025 - 23:44 Portuguese
Poesia/Meditación Quando me lembro de mim 7 517 06/18/2025 - 16:45 Portuguese
Poesia/Meditación Quando me isolo 7 809 06/17/2025 - 18:24 Portuguese
Poesia/Pensamientos O sentido corrompido 7 1.040 06/16/2025 - 18:55 Portuguese
Poesia/Alegria Cada livro na estante 7 616 06/15/2025 - 14:46 Portuguese
Poesia/Pensamientos Um tipo de silêncio 7 1.135 06/14/2025 - 14:55 Portuguese
Poesia/Desilusión A ausência revela 7 552 06/13/2025 - 19:49 Portuguese
Poesia/Intervención Antes do começo 7 1.454 06/12/2025 - 18:41 Portuguese
Poesia/Intervención O silêncio nas engrenagens 7 562 06/11/2025 - 19:04 Portuguese
Poesia/Dedicada É preciso andar devagar em Cáceres 7 689 06/10/2025 - 22:30 Portuguese
Poesia/Meditación Por mil anos 7 565 06/10/2025 - 18:40 Portuguese
Poesia/Intervención De olhos bem fechados 7 498 06/09/2025 - 19:52 Portuguese
Poesia/Desilusión Tão sozinho 7 500 06/08/2025 - 14:58 Portuguese
Poesia/Amor O amor não responde perguntas 7 624 06/07/2025 - 21:44 Portuguese
Poesia/Desilusión Não sei dizer adeus 7 652 06/06/2025 - 23:39 Portuguese
Poesia/Meditación Nem tudo é loucura 7 5.441 06/06/2025 - 02:41 Portuguese
Poesia/Pasión Suavemente 7 660 06/05/2025 - 22:40 Portuguese