IRRACIONALISMO - Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético

IRRACIONALISMO – em Filosofia o contrário de “Racional” é o foco central de várias doutrinas, dentre as quais se podem citar o Vitalismo*, o Ceticismo* e o Niilismo*, onde brilha Nietzsche (1844/1900, Alemanha) que, ao cabo, faz da Racionalidade quase que um sinônimo da mediocridade do Homem, quando comparado ao seu “Super Homem”. O Irracionalismo é valorizado pelo que de tem de “Vontade”, de “Sentimento”, de “Desejo” e de “Ação”, qualidades que para essas Escolas Filosóficas dão Sentido (tanto em termos de ‘direção’, quanto de ‘importância’) à Existência Humana e ao próprio Universo. São Doutrinas que negam ser a Realidade (ou o Real) algo que possa ser compreendido apenas pelo Raciocínio, pois o Real sempre será muito maior que a capacidade humana de racionalizar. Disse PASCAL (BLAISE 1623/1662, França) que “O Coração tem Razões que a Razão desconhece”; ou seja, o lado Espiritual, Sentimental, Emocional do Homem tem motivações que podem parecer inapropriadas e inadequadas pelo Raciocínio, mas que existem de fato e fazem o Homem seguir por caminhos que a “Lógica Clássica” desaconselharia. Essa frase do Pensador tornou-se popular e é usada com constância para definir os atos que parecem oriundos da degeneração mental, mas que, na verdade, são frutos de audácias que normalmente o Raciocínio impede de florescer. São fatos, atos e acontecimentos que ocorrem e que, de certa maneira, são aceitos pelos outros Homens, pois todos se sabem predispostos a praticá-los em algum momento da vida. Existem de fato. Integram a Realidade na mesma medida que os atos Racionais e é por isso que convivem tanto o Teorema Matemático quanto o Poema de Amor. O Irracionalismo e suas várias tendências não chegam a negar totalmente a existência e a importância da Razão ou do Racional, mas traçam os limites em que podem atuar. Derrubam, pois, a crença absoluta na Razão que aconteceu no Século XVII e XVIII, na Época do Iluminismo*. O Homem é mais que uma simples equação, afirmam.

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Martes, Marzo 9, 2010 - 22:45

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fabiovillela

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Re: Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético

Aos apaixonados por filosofia;

Amantes de contos bem escritos;

Destaco "Rubenito Descartes" nos contos.

Adorei os sonetos!!!

Carla

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