Almas Nocturnas - Capítulo 2 - Vampiros (6ª parte)

Restava-lhe rezar para a sua morte ser rápida e indolor.
Os seus olhos permaneciam fechados e os segundos pareciam demorar eternidades. Mas, afinal, porque estava ele a demorar tanto tempo para a morder?
A medo, abriu os olhos e olhou para Carlos.
Este parecia adormecido, quase que hipnotizado.
As suas feições haviam mudado. Agora parecia calmo, com os olhos e a boca fechada. Parecia num transe profundo.
Catarina aproveitou a oportunidade para se tentar livrar do aperto das suas mãos e empurrou-o.
Carlos largou-a e cambaleou.
Parecia esgotado, sem forças…
A jovem encontrava-se atónita, sem conseguir encontrar uma explicação plausível para o sucedido.
Já o mesmo houvera acontecido quando Alex se aproximara dela na tentativa de a morder.
No exterior da casa ouviu-se um estrondo causado por um trovão. Uma tempestade aproximava-se, sem que nada o fizesse prever.
Catarina permanecia imóvel a observar aquele que momentos antes a tentara matar.
Aquele vampiro impiedoso e sem sentimentos, sofria agora como se transportasse um fardo enorme de culpa e arrependimento.
As peças encontravam-se baralhadas como um puzzle e Catarina não estava a conseguir decifrar o enigma.
Um novo e ensurdecedor trovão rasgou os céus e ecoou nas ruas desertas da cidade.
Desertas ou quase…
Alguém se dirigia, com passo apressado, até aquela mesma casa.
Além de apressado, nervoso, tropeçando aqui e acolá.
Ao chegar à entrada da casa, bateu três vezes na porta e aguardou impacientemente, carregado de um nervosismo impressionante.
- É o Alex! – Gritou Catarina, correndo velozmente para abrir a porta.
A porta abriu-se e a rapariga vislumbrou um jovem magro, com óculos, aparentemente frágil devido à sua estrutura esquelética.
- Catarina? – Perguntou o rapaz – És a Catarina, não és?
A rapariga acenou afirmativamente com a cabeça, mas não conseguindo esconder uma ligeira desconfiança quanto a este desconhecido que se encontrava na sua frente.
- Posso entrar? – Pediu ele com simpatia.
- Claro. Entre!
O jovem entrou dentro de casa e fechou a porta pesada por detrás dele.
Carlos encontrava-se a poucos metros de distância, encostado à parede e também ele parecia intrigado com este estranho que lhe entrara pela casa dentro.
- Desculpem. Eu sei que vocês não me conhecem… Mas eu sei quem vocês são. Eu conheço-vos. Eu vim cá, pois temos que nos unir para salvar o Alex. Se o perdermos é o fim da humanidade. Garanto-vos… É mesmo o fim do mundo, tal como o conhecemos. Eu estou aqui para vos ajudar.

(Fim do capítulo 2)

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Jueves, Agosto 19, 2010 - 18:48

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Paulo_Gomes

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Re: Almas Nocturnas - Capítulo 2 - Vampiros (6ª parte)

A introdução de mais uma personagem, vem continuar o ritmo rápido do teu conto.
Gosto imenso desta velocvidade narrativa, gostei imenso do volteface do monstro sanguinário.
Que mistérios rodeiam a catarina?

...Mais, por favor?

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