Poesias Inéditas - Deixei de ser aquele que esperava

Deixei de ser aquele que esperava

Deixei de ser aquele que esperava,
Isto é, deixei de ser quem nunca fui...
Entre onda e onda a onda não se cava,
E tudo, em ser conjunto, dura e flui.

A seta treme, pois que, na ampla aljava,
O presente ao futuro cria e inclui.
Se os mares erguem sua fúria brava
É que a futura paz seu rastro obstrui.

Tudo depende do que não existe.
Por isso meu ser mudo se converte
Na própria semelhança, austero e triste.

Nada me explica. Nada me pertence.
E sobre tudo a lua alheia verte
A luz que tudo dissipa e nada vence.

Fonte: http://www.secrel.com.br/jpoesia/fpesso.html

Submited by

Viernes, Septiembre 25, 2009 - 15:27

Poesia Consagrada :

Sin votos aún

FernandoPessoa

Imagen de FernandoPessoa
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 14 años 21 semanas
Integró: 12/29/2008
Posts:
Points: 745

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of FernandoPessoa

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/General Lycanthropy 3 2.323 03/15/2018 - 09:46 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Em plena vida e violência 2 2.090 03/15/2018 - 09:45 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - O que me dói não é 2 1.947 03/15/2018 - 09:44 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Isto 1 3.317 02/27/2018 - 13:56 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Intervalo 1 2.350 02/27/2018 - 13:54 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro 1 2.403 02/27/2018 - 13:53 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Vaga, no azul amplo solta 1 2.295 02/27/2018 - 13:52 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Teus olhos entristecem 1 2.348 02/27/2018 - 13:36 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Tenho Tanto Sentimento 1 2.763 02/27/2018 - 13:32 Portuguese
Poesia Consagrada/Aforismo Cancioneiro - Sorriso audível das folhas 1 4.088 02/27/2018 - 13:29 Portuguese
Fotos/Perfil fernando pessoa 0 3.193 11/24/2010 - 00:36 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Tomamos a Vila depois de um Intenso Bombardeamento 0 1.842 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Ilumina-se a Igreja por Dentro da Chuva 0 2.309 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Liberdade 0 2.325 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Não digas nada! 0 3.134 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Não: não digas nada! 0 2.028 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - O Andaime 0 2.151 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - O Maestro Sacode a Batuta 0 2.116 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Pobre velha música! 0 3.143 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Põe-me as mãos nos ombros... 0 2.908 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Sonho. Não sei quem sou. 0 2.048 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Gomes Leal 0 2.444 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Grandes mistérios habitam 0 2.273 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Glosa 0 3.376 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Esqueço-me das horas transviadas 0 2.101 11/19/2010 - 16:55 Portuguese