Cancioneiro - Sorriso audível das folhas
Sorriso audível das folhas
Sorriso audível das folhas
Não és mais que a brisa ali
Se eu te olho e tu me olhas,
Quem primeiro é que sorri?
O primeiro a sorrir ri.
Ri e olha de repente
Para fins de não olhar
Para onde nas folhas sente
O som do vento a passar
Tudo é vento e disfarçar.
Mas o olhar, de estar olhando
Onde não olha, voltou
E estamos os dois falando
O que se não conversou
Isto acaba ou começou?
Fonte: http:// www.ciberfil.hpg.ig.com.br
Submited by
Martes, Octubre 6, 2009 - 16:49
Poesia Consagrada :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 4065 reads
Add comment
Inicie sesión para enviar comentarios
other contents of FernandoPessoa
Tema | Título | Respuestas | Lecturas |
Último envío![]() |
Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/General | Lycanthropy | 3 | 2.320 | 03/15/2018 - 09:46 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Em plena vida e violência | 2 | 2.085 | 03/15/2018 - 09:45 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - O que me dói não é | 2 | 1.928 | 03/15/2018 - 09:44 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Isto | 1 | 3.312 | 02/27/2018 - 13:56 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Intervalo | 1 | 2.346 | 02/27/2018 - 13:54 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro | 1 | 2.399 | 02/27/2018 - 13:53 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Vaga, no azul amplo solta | 1 | 2.292 | 02/27/2018 - 13:52 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Teus olhos entristecem | 1 | 2.341 | 02/27/2018 - 13:36 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Tenho Tanto Sentimento | 1 | 2.752 | 02/27/2018 - 13:32 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/Aforismo | Cancioneiro - Sorriso audível das folhas | 1 | 4.065 | 02/27/2018 - 13:29 | Portuguese | |
![]() |
Fotos/Perfil | fernando pessoa | 0 | 3.190 | 11/24/2010 - 00:36 | Portuguese |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Tomamos a Vila depois de um Intenso Bombardeamento | 0 | 1.836 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Ilumina-se a Igreja por Dentro da Chuva | 0 | 2.301 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Liberdade | 0 | 2.322 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Não digas nada! | 0 | 3.133 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Não: não digas nada! | 0 | 2.028 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - O Andaime | 0 | 2.148 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - O Maestro Sacode a Batuta | 0 | 2.111 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Pobre velha música! | 0 | 3.133 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Põe-me as mãos nos ombros... | 0 | 2.885 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Sonho. Não sei quem sou. | 0 | 2.038 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Gomes Leal | 0 | 2.440 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Grandes mistérios habitam | 0 | 2.267 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Glosa | 0 | 3.375 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cancioneiro - Esqueço-me das horas transviadas | 0 | 2.093 | 11/19/2010 - 16:55 | Portuguese |
Comentarios
Sinto saudade do que não sou,
Sinto saudade do que não sou,
O que vês é nada, esqueci
O pensar como fosse palha
Ao vento, como vês deixei
De ser outro pra tornar ao nada
Que sempre fui, esqueci por
Momentos que o nada basta
E sempre fui e serei o quanto
Sinto saudade de quem sou
Normalmente, um nada eu todo
Um todo-nada eu, nem mais
Nem menos que um morto-vivo
Sempre, o plural de nada ou
A definição nítida de um vazio qualquer,
Sem expressão, quanto à minha vista
Lei ou justiça, quem dera não ser
Nem formar sombra na rua
Em redor do rosto banal, estúpido
Embrulho de um insatisfeito,
Sinto saudade da realidade
Construída a brincar, do brilhar
Dos pastos lá fora quando há lua,
Para quê pensar se a forma é humana
Que o espelho tem, vulgar
Quanto a justiça e a lei, importância
Nenhuma pois ainda não sou
Ideia absoluta baseada no que creio
Ser, sou a noção que alguém teve d'mim
Outrora e antes e em mim mora rente,
E eu esse sou, sinto.
Jorge Santos (06/2017)
HTTP://namastibetpoems.blogspot.com