Espectro de Quental

Sozinha,
ergue-se a pessoa
do covil da besta,
do sangue
exalado da Evolução,
a Ideia eterna
chama
profunda do Ser.

Na sequência lógica
dos começos, procura rivais,
antagónicas e ancestrais
querelas.
Nas guerras do Tempo,
consome-se o Espírito,
que sintetiza-se dialecticamente.

No nevoeiro
que invade
a Torre
outros clamam vitória,
extasiados desse
néctar puro da Liberdade,
gritam, conquistam
espezinham…
e suavemente
vendem a Alma
ao Poder.