Ao silêncio resta o entendimento

Sempra há o momento de entender,
o momento de se ver onde está
o que de real está onde deve estar.

A insônia me traz o prazer da busca,
a insônia me tira o prazer do sono.

Durante a noite que demora a passar,
ouço o Corsário quebrar o gelo do mar,
ouço o silêncio da distância e da solidão partir,
ouço o coração tropical partir esse gelo e
roserais partindo o ar.

O silêncio me dá o entedimento de mim,
me dá o que não entendo e procuro.
O silêncio nos traz vozes e melodias,
antecede o amanhecer musical,
enlouquece quando se demora junto com a noite.

Resta tentar equilibrá-lo na balança da razão.

As mensagens em garrafas por todo mar ainda estão lá,
à espera de uma leitura e de uma resposta.
As mensagens do silêncio das cordas vocais.

Ao silêncio resta apenas calar-se e ouvir
as palavras do toque, o tato do som.
Ao silêncio resta o entedimento de sua própria existência.
Existir e imperar, e causar dor como só.

A Espanha que há em Nova Granada,
a música ainda não quer ir de mim.

O silêncio produz sensações bipolares
em quem já é normal.

Agora eu ouço o vilolão de João Bosco cantar,
e as manchas desse silêncio estão a acabar.
Agora eu ouço meu coração tropical
procurar...E partir o gelo pra te encontrar.

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Domingo, Enero 10, 2010 - 14:10

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