Imensidão sem lugar

Imensidão sem lugar

Nesse antro de morte
Um abutre ávido
Sobrevoa-me aguardando lânguido
Por um desfecho tingido sem sorte
Entre deuses de natureza humana
Num deserto de ventos destroçados
Aquém da podridão da carne num areal de pecados
Uma densa sede de vingança soberana
Sob um sol castigador de maldade flamejante
Rodeado de serpentes e escorpiões
Repletos de veneno das traições
Reúno derradeiras forças ofegante
Com raiva sede e ânsia
Procuro minha sombra perdida
Chorando lágrimas de uma alma ferida
Tentando vislumbrar um oásis de esperança
Entre dunas de ilusões a rastejar
Sem encontrar soluções
Nesse deserto de emoções
Nessa imensidão,sem lugar.

Alex Sullivan