preso I

Esta é a carta que te escrevo em troca das cartas que esperei mas nunca recebi...
Embora preso,o meu sentimento ainda vive,assim como eu,exceptuando alguns dias mais sombrios em que morro.
Sem a certeza de que irás ler isto que te escrevo,sinto a necessidade de respirar um bocado e faço-o desabafando
e libertando-me nestas linhas.
Caminhamos juntos até ao dia em que fiquei para trás...o qual se arrasta até hoje.
Nem mais uma visão que não fosse uma alucinação,nem mais um contacto,nem sequer uma ultima palavra,mais que não fosse de despedida.
Ficou muito por viver...
Algumas coisas por contar.
Talvez agora ,fossem servir de explicação para o porquÊ de me encontrar encarcerado,neste PRESENTE Passado no meu peito,teu Futuro
pois tu seguiste caminho.
Ou será que o tempo para ti também parou,embora te encontres do lado de fora?
Livre.Tu.
Todos os dias preso...
Todos os dias sou,
O primeiro a acordar o último a adormecer,o primeiro a lembrar e .....
o último a esquecer.
Sei que já te contei algo semelhante antes,mas agora sinto-o demais e exprimo-me,sem nada a temer pois não sei se isto
te chegará às mãos,logo não me podem aplicar a pena das segundas intenções...