Chancelas

O trabalho aos meus pensares, levanto-me pela manhã de uma segunda-feira,
O badalar dos sinos paulatinos de uma igreja, aos poucos, chega ao nosso lar
E me mostra que, por mais que eu relute, por mais que eu não queira,
Haverei de ter contigo em despedida, sem a luz de teu olhar.

Despedir-me de teus olhos me incomoda, me tortura,
Olhar por vidros tua partida me maltrata, traz loucura,
Pois eu não sei mais ter minha vida sem que viva com a tua,
Pois eu não sei mais ter meus sonhos sem que, contigo, veja Luas.

Uma delas é crescente, emocionante e sincera como o nosso amor.
A minguante se assemelha aos dias de saudade que o mundo insiste em nos impor.
Quanto à nova... Nosso amor que a cada dia se renova em meu solar,
Tão linda quanto a cheia, que me lembra teu sorriso — alegria que eu sinto quando vejo teu olhar.

As Luas são chancelas para o céu não estrelado da cidade.
É bom o céu se importar com esses marcos de sua face.
É bom que ele se importe,
Pois eu não me importo.

Tuas chancelas valem mais à vida deste bom rapaz.
Tu as fizeste à caneta em minha mão esquerda —
A mesma mão da esperança, em que repousa uma aliança —
"Amo que amo" em minha mão; a concluir, um coração.

Olho para ela neste vinte de setembro e me acabo à saudade,
Lembro-me dos sonhos que teci deitado ao lado teu,
Vem à minha mente te encontrar — felicidade —,
Vem ao meu desejo ser teu cravo, teu Romeu.

Bebo água compulsivamente: terceiro squeeze em três horas.
Meus sintomas se confundem com teus, embora ajam sem motivo.
Diversas águas perpassaram as chancelas que vigoram,
Que intactas, floridas, dão à luz um bom menino.

Tatuagens e chancelas que invocam minha dona —
Senhora lúcida, nascente, que, por sempre, me emociona —,
Unidas ao teu cheiro que meu corpo, em si, conserva,
Mescladas ao desejo que, por ti, meu dom preserva.

Em tua mão, também ficaram as minhas chancelas,
Em teu limpo coração, em tua mão da aliança...
Talvez um dia as chancelas saiam, mas em nosso coração serão eternas.
A vida é tão difícil... Mas as chancelas moverão nossa esperança...

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Domingo, Febrero 27, 2011 - 23:51

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Caio Vinícius Reginaldo de Souza

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