confissão pt2

Eu não sei o que vai ser de mim. Voltei a sonhar com uma ida ao hospital e receber noticias desvastadoras. Eu agora sinto-me horrível. Pensei que fosse apenas uma fase, e que não voltasse mais a cortar, mas não. Voltei a cortar-me. Tenho andado ler mais sobre o assunto, apesar de tudo o que leio, sei que não sou a unica a passar por esta situação. Mas isso não é reconfortante. Também leio que o melhor era mesmo ir a um médico, mas como posso ir a um médico se a vergonha é tanta. Como é que eu arranjarei coragem para mostrar à minha mãe os cortes e dizer-lhe que preciso de ir para o médico. Lá isso é verdade o que li. As pessoas não se matam por terem perdido o namorado. Eu nunca pensei em matar-me. Claro, por vezes queria que surgisse uma doença repentina que me tirasse a vida, mas eu seria incapaz de me matar, até porque eu não tenho coragem para isso. Posso cortar-me, mas matar-me, isso nunca. Até porque, eu percebi que ele não era assim tão importante para mim. Mas, de um momento para o outro perdi a vontade de viver, perdi a vontade de seguir medicina. Acho que já nem me vou candidatar a medicina. Para quê? Não vale a pena. Sinto uma dor no meu braço, provavelmente dos dois cortes que eu fiz ontem. Hoje, se nada melhorar, vou voltar a cortar-me. Não consigo controlar-me. Sinto uma necessidade enorme de sentir a lâmina a deslizar sobre a pele. Mas desta vez, vai ser noutro sítio, para que não seja tão descoberto facilmente.
Porque sinto os meus olhos a encherem-se de água sem qualquer motivo? Porque me sinto triste e mais morta que viva? Porque é que quando acordo, sinto-me cansada?
Eu sinto falta de falar com alguém, mas não consigo pedir para falar com ele, porque eu não o conheço assim há tanto tempo. Porque não tenho nenhum direito de lhe pedir para aturar as minhas crises de melancolia. Acho que tenho de aprender a ficar o mais sozinha possível enquanto estiver com estas crises. Assim, não magoo ninguem, nem ninguem me magoa a mim. Porque é que sinto tanta vontade de me cortar, para ver se esta dor, se este vazio no meu corpo desaparece de uma vez.
Porque é que tudo me afecta? As discussões entre os meus pais. O tom de voz que eles usam para falar. Certas coisas que me dizem. Tudo me causa confusão. Como é que eu, que dantes era uma pessoa tão forte e agora fiquei tão fraca que nem consegue aguentar os problemas da vida. Porque é que eu andei a vida toda a enganar-me? Porque é que eu nunca percebi que eu era fraca? Porque é que é que nunca percbei que tinha um problema grave. A culpa de tudo o que me aconteceu e que certamente irá acontecer é minha e só minha. Realmente tudo o que me disseram é verdade. Eu devia de ir procurar ajuda. Sendo eu bombeira, e querendo eu ajudar os outros, devia primeiro ajudar-me a mim mesma. Mas como é que eu faço? Vou a uma consulta às escondidas e depois logo se vê o que acontece? Não sei. Não tenho coragem de chegar perto de um médico e dizer-lhe: “Eu auto-mutilo-me. Acha que isso quer dizer que eu sofro de depressão?” Claro que não tenho coragem. Eu sou muito fraca. Como agora não quero ter de ir para a escola. Não quero lidar com prazos e problemas nem nada do genero. Quero ficar no meu canto e esquecer esta vida que me magoa.
Porque é que eu me tornei assim? Eu durante a minha infância fui feliz. Ou melhor, não tive muito tempo para ser criança. Desde pequena que tive de tomar conta do meu irmão, tive que cuidar da casa e preparar as refeições para o meu irmao e pai, enquanto a mãe estava a trabalhar. Desde pequena que decidi que não podia namorar porque queria ser médica e não me podia distrair. A situação em que o meu pai traiu a minha mae e a quase separação deles. A partir daí ele apenas é meu pai por causa do sangue. De resto, não o considero meu pai. Deixei de confiar nas pessoas. Descobri! Devido a essa situação dos meus pais, passei a não confiar em ninguem, porque sabia que mais cedo ou mais tarde iriam-me trair. Todos traem, por isso... preferi prevenir-me. Claro que o facto de ter de crescer (mentalmente) mais depressa do que o normal também me afectou. Acho que fiquei de uma certa forma mais desenvolvida nesse aspecto e à coisas que as pessoas continuam a levar a mal, enquanto eu já nem ligo a isso. Desde o 10ºano que sempre pensei na morte, em suicídio e cheguei algumas vezes a encostar uma lâmina na minha pele, mas nunca conseguia cortar. Também no meu 10ºano fiz uma dieta, em que consistia não comer e passado uns dias a fazer isso, comecei a sentir-me mal por comer. Era como se já não quisesse entrar a comida na minha boca. Claro que tive comer, porque já andavam todos a notar uma diferença em mim. Eu sempre fui a menina que nunca tirava negativas. E quando cheguei ao 9ºano e terei uma negativa, aguentei. Não chorei na frente das pessoas. Mas assim que cheguei a casa, comecei a chorar como nunca tinha chorado antes. Essa foi a minha primeira crise de choro que tive (pelo menos, de que me lembre). Tem piada. Dizem que tirar uma negativa que não é problemático, agora se foram 4 ou 5 já é grave. Então, eu no 10ºano tirei más notas, nega após nega e ninguém se preocupou. Acho que nunca senti ninguem a preocupar-se comigo. No 10ºano mostrei a minha personalidade amistosa e então todos estavam convictos de que eu era assim.
Realmente, a culpa é minha. O meu ex-namorado apaixonou-se por uma fraude e quando eu comecei a mostrar-lhe quem eu realmente era, ele odiou. Por isso é que deixou de gostar de mim. Que treta! Eu devia de afastar o Ricardo de mim. Eu não sou nada boa companhia, não devia de o fazer ser meu amigo. Acho que eu sou demasiado complicada para ele. Eu não posso causar sofrimento a alguém que conheço á tão pouco tempo. Devia de o afastar. E se eu realmente estiver doente? Não quero que ninguem saiba se eu tiver doente. Nem quero contar à minha mãe nem nada. Se calhar devia mesmo de ir procurar um médico.
Eu sou uma pessoa com uma mentalidade bastante diferente dos demais. Talvez por ser muito criativa, por ser considerada uma artista em que viva mais no mundo da imaginação do que na realidade. Quando algo acontece na realidade, raramente é melhor do que o que a minha mente imagina. gostava de que me apagassem essa minha criatividade que até agora nunca ajudou ninguém, mas a verdade, é que eu gosto de ser imaginativa. Se eu não tivesse a minha imaginação estaria totalmente sozinha, vazia, aborrecida e eu tento evitar isso.
Muitos acham que eu me afastei das pessoas e que mudei porque eu e um rapaz acabámos a relação. Mas isso foi só a ponta do iceberg. É irónico. Passado tanto tempo e no entanto, ninguém me conhece ao ponto de perceber que eu não sou o tipo de pessoa que se abala com coisa pouca. Nunca ninguém percebeu o porquê de eu estar assim. Ora, será que é complicado? Eu amava-o com todas as minhas forças, vivia para ele, tinha planos na vida porque sabia que podia contar sempre com ele. Mas isso acabou. A relação quer de amizade, quer de namoro, acabou. E tem piada, as pessoas que eu julgava serem minhas amigas dizem-me, "Pára de dramatizar! A vida continua." Ah, essas pessoas dizem-me isso quando apenas passou um mês. Namorámos durante 2 anos, enquanto eu julguei que era para sempre. É o problema de eu ser assim. Sou tão ingénua que acredito em contos de fadas e no "viveram felizes para sempre". Apenas passou um mês e tal. Querem que eu esqueça tudo e siga como se não fosse nada. Isso não funciona assim. A única solução que eu arranjei foi afastar-me durante um pouco. Não, iria eu continuar a lidar com os amigos em comum, continuava a ouvir as pessoas a falarem de nós como um casal, enquanto eu sofria por dentro ao dizer que já não havia nós. Tem piada. No dia a seguir ao rompimento, essa tal amiga levou-me ao cinema. E o que é que aconteceu? Fartou-se de falar sobre a relação dela com o namorado, fartou-se de falar sobre o meu ex e eu aguentei-me ali.Não reclamei porque percebi que ela estava a fazer um esforço. Eu não aguentei ter de ouvir, sempre que estava com amigos, "então e ele? Como é que tás? Acabaram? Tás a gozar, só podes." O que queriam que eu fizesse? Que esquecesse algo que todos os amigos me faziam questão de lembrar?
Quando se tem amigos em comum, o melhor é afastarmo-nos um pouco deles, enquanto é tudo muito recente.
Sempre fui muito sentimental, por isso, o que queriam? Para dizer a verdade, ninguém sabe o que eu sofri e sofro. Também é culpa minha isso. Eu fechei-me em copas para esconder o meu sofrimento, até porque ninguém tinha de pagar por este meu mau-estar.
Deixei de comer como comia,
a cabeça, a barriga e o peito doiam-me que se fartava.
Houve uma altura até que chegou a doer-me as costas.
Sentia o meu corpo a tremer;
Por vezes, sentia tonturas e quase que chegava a desmaiar;
Na minha cara, notavam-se as olheiras de não conseguir dormir. Eu dormia por noite cerca de 3 a 4 horas.
Demorava sempre muito tempo a adormecer. E depois quando acordava a meio da noite, não conseguia voltar a adormecer.
Acordava cansada e sem forças para fazer mais nada.
Desisti de viver.
Nem sequer me interessava mais esse meu sonho de seguir medicina.

E para não desiludir mais a minha mãe fui para longe. Até que estava bem aí. Pelo menos, até o meu pai ter tanta pressa em ir-se embora. Sabendo o quão mal eu andava, acho que ir-se embora foi o pior que ele fez. Eu comecei a sentir que só dava trabalho às pessoas. Que não merecia viver. Ainda por cima, continuava a falar com o meu ex. Acho que tentava ter o amigo, mas ao falar com ele continuava a sofrer por saber que não lhe podia dizer o que me apetecia. Quando eles se foram embora, comecei a chorar. Durante a noite chorei e chorei. Até que olhei para uma faca que eu tinha ali do meu jantar. E olhei para o meu pulso. Senti uma ligeira vontade de acabar com a minha vida, mas novamente fiquei cobarde e não consegui. Passado um pouco, tendo falado com a minha mãe e com o ex, apercebi-me de que eu estava a magoar toda a gente à minha volta. Mas eu não conseguia aguentar. Uma dor no peito surgiu e como se tivesse a ver um filme, vi todas as cenas que aconteceram desde que o conheci até acabar. E eu queria que esta dor desaparece. Fiz com que os meus pais me viessem levar a lisboa e depois nem consegui sair do carro, como se de uma ataque de panico se tratasse. E agora tinham-se ido embora e eu estava ali sozinha. Ainda por cima, comecei a pensar que o meu pai estava ansioso para se livrar de mim e do problema que me afectava. Então olhei novamente para a faca. Tinha duas vozes aqui dentro de mim. Uma dizia "Tu sempre tiveste força e nos momentos maus, nunca te rendeste a cenas fracas como o cutting, por isso, não o faças agora.". Mas essa voz falava muito baixinho, que eu quase não ouvia. Mas a outra voz quase que gritava. "Tu não mereces viver. Tu és a culpada de todo o sofrimento À tua volta. Mereces tudo isto e pior. Tu és lixo. Não prestas. Tu não tens nada dentro de ti. Corta-te. Como se tivesses coragem para isso...". A voz tornou-se tão insuportável, as lágrimas caíam e caíam e eu ali sozinha, sem ter o apoio de ninguém sem saber o que fazer da porcaria da minha vida, e a faca ali, a olhar para mim. Então cortei-me pela primeira vez. Não foram cortes profundos, porque eu sei perfeitamente que cortes profundos precisam de pontos e eu queria esconder esta minha cobardia de todos. Apenas rasguei um pouco a pele de modo a que saísse sangue.
Foi um momento de paz, de tranquilidade. Não tinha dores (nem fisicas, nem psicologicas), estava em paz. Apenas doía o meu braço, mas essa dor não era nada, comparada ao que eu sentia psicologicamente. Cortei-me varias vezes, apenas para ver se saia sangue. E realmente saía. Depois de uns segundos, eu percebi. O que é que eu tinha acabado de fazer? Até parecia que eu estava hipnotizada. Como é que era possível, eu fui fraca...

Se eu ficasse lá, teria ficado ainda pior. Se bem, que nos dias que se seguiram, voltei a cortar-me. Acho que só me sentia bem quando me auto-mutilava. Ninguém que me conhece sabe isso. Nem quero que venham a saber. Não é algo de que me orgulhe. Apesar de não serem cortes muito fundos, a cada vez que eu faço, ficam mais fundos e a cicatriz cada vez maior. Mas nestes momentos, eu sinto uma dor cá dentro em que não aguento mais, e então olho para o x-ato e é mais forte que eu. Agora, corto-me nos braços, mais na parte de cima, do que perto do pulso. quando tinha as feridas nos pulsos, andava sempre com medo de que alguem descobrisse, e agora, apesar de ter as cicatrizes, elas nao se notam muito, porque os cortes foram todos superficiais.
Provavelmente estou a ultrapassar uma depressão, mas eu não quero admitir. Não me quero mostrar fraca, nem quero que olhem para mim com pena. Também tenho medo de que se eu for ao médico, que me diga que tenho algo pior. Ultimamente tenho pensado que talvez seja bipolar. É certo que todos são um pouco bipolares. Uns dias estamos bem, outros estamos mal. Mas eu à uns dias estava super feliz, e agora estou super em baixo e apática, como andei à umas semanas atrás.

Há uma semana, eu andava feliz. Tinha percebido que já não sentia nada pelo meu ex e que tinha era de estar com os amigos e tal. Encontrei-me com eles, e no entanto, percebi que já não eramos amigos. Mas isso não me afectou. Eu já sabia que a vida muda e os amigos com ela. Mas agora, eu que fiz questão de convidar todos para um café, e depois vêm-me dizer que eu me esqueci deles. Isso dói. Se eu estava bem, passei a ficar mal, mesmo mal. As dores voltaram e a vontade de comer foi-se. Apesar de eu agora andar um pouco paranoica com o peso do meu corpo, ate que andava a comer bem. Que raiva!
Eu convidei uma amiga e o namorado. E eles nao me responderam à sms, e como eu não tinha dinheiro para andar a mandar sms a tds a dizer que o cafe tinha sido marcado para mais cedo, decidi dizer apenas àqueles que me responderam que iam. Se eles não responderam, foi porque não queriam ir, ou porque não podiam. Então nao os ia estar a incomodar. E depois vem-me dizer que estao magoados comigo... que treta! Eu tenho que andar a insistir para que eles venham ter comigo? Ora que porra! O caminho é o mesmo. E depois dizem que eu mudei e que sempre me apoiou e que foi por minha culpa que eu perdi os amigos e o namorado. Imaginem o que é nós ouvir-mos de uma amiga nossa, que nos devia apoiar, e diz-nos tudo isto.
Eu só quero dizer uma coisa: Eu tenho culpa de tudo o que aconteceu. É normal que tenha mudado. Ainda bem que mudei. Se não, todos continuariam a usar-me e deitar fora. O problema é que ela estava habituada a que quando ela mandava sms, eu respondia. Sempre que ela precisava de fazer alguma coisa, lá estava eu para a ajudar. E eu? Ela voltou a falar comigo, por pena. Ela soube que o meu ex iria acabar comigo antes de eu saber, e então decidiu chamar-me para estarmos juntas. Como é que acham que eu me senti? Eu nao sou a porcaria de nenhuma obra de caridade. Mas nao liguei. E o que querem? Ela falou-me nos três dias que se seguiram da minha separação e depois não me falou mais. Ora que tipo de amiga é essa?
Quando eu lhe mandava uma sms, ela não me respondia. E eu tinha de perguntar a terceiros para saber como é que ela estava. E no entanto, não levei a mal. Mas eu não culpo ninguem. A culpa não foi dela. A culpa foi minha (foi o que ela me disse. ). No entanto, a vida dá muitas voltas. E por causa de arranjarmos namorados, afastamo-nos um pouco. E foi durante vários meses. Então, o que é que ela estava à espera? Que voltassemos a falar, porque ela sentia pena de mim e que voltassemos a ser melhores amigas como já fomos? Isso é impossivel. Eu mudei. Ela mudou. E quer queramos, quer nao, a nossa amizade tambem mudou.
Agora, até pareço bem madura a falar destes assuntos, mas na verdade nao o sou.
Eu sou uma pessoa que pode ser bipolar, porque oscila entre estar super feliz e estar super deprimida (tipo 8 e 80) e que pratica auto-mutilação. Por isso, devo ser a culpada de estar sozinha e de todos me odiarem.
 

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Martes, Marzo 8, 2011 - 20:42

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