Cheia

Como Matrona
da Renascença
segue opulenta
essa Lua Cheia,
que o proibido
cerceia
e todo mistério
clareia.

Quantos amores
tu revelará?
Quantas juras
se fará?

Lua gitana
nessa América
pós Ibérica,
que canta
a negra dor
entre a luxúria
de tanta cor.

Quais amantes
tu já viu,
Dama de Plata?
A quantos Homens
tu serviu
menina de lata?

Noite clara
na rara
semi-paz,
dos Homens
irreais.

Dormem os anjos
sonhando serem
arcanjos.
E as sofridas mulheres,
com outros arranjos.

De tudo se vê
Lua Cheia.
E tudo se ouve
nessa pensão
de parede-e-meia,
que vadia
vagueia
como Santa descalça,
ou virgem devassa
sem dono,
sem raça.

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Jueves, Abril 21, 2011 - 10:01

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fabiovillela

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Comentarios

Imagen de Susan

Um poema muito instigante que

Um poema muito instigante que me fez pensar na lua cheia 

na maré da vida cheia de brilho , volúpia , alegria liberdade 

e dor da intensa idade...

Muito bom te ler sempre !!!

Um beijo 

Susan

Imagen de MarneDulinski

Lindo poema, gostei muito e

Lindo poema, gostei muito e destaco a estrofe final!

De tudo se vê
Lua Cheia.
E tudo se ouve
nessa pensão
de parede-e-meia,
que vadia
vagueia
como Santa descalça,
ou virgem devassa
sem dono,
sem raça

Mas com muita graça...

Meus parabéns,

M\arneDulinski

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