Cheia

Como Matrona
da Renascença
segue opulenta
essa Lua Cheia,
que o proibido
cerceia
e todo mistério
clareia.

Quantos amores
tu revelará?
Quantas juras
se fará?

Lua gitana
nessa América
pós Ibérica,
que canta
a negra dor
entre a luxúria
de tanta cor.

Quais amantes
tu já viu,
Dama de Plata?
A quantos Homens
tu serviu
menina de lata?

Noite clara
na rara
semi-paz,
dos Homens
irreais.

Dormem os anjos
sonhando serem
arcanjos.
E as sofridas mulheres,
com outros arranjos.

De tudo se vê
Lua Cheia.
E tudo se ouve
nessa pensão
de parede-e-meia,
que vadia
vagueia
como Santa descalça,
ou virgem devassa
sem dono,
sem raça.

Submited by

Jueves, Abril 21, 2011 - 10:01

Poesia :

Sin votos aún

fabiovillela

Imagen de fabiovillela
Desconectado
Título: Moderador Poesia
Last seen: Hace 8 años 20 semanas
Integró: 05/07/2009
Posts:
Points: 6158

Comentarios

Imagen de Susan

Um poema muito instigante que

Um poema muito instigante que me fez pensar na lua cheia 

na maré da vida cheia de brilho , volúpia , alegria liberdade 

e dor da intensa idade...

Muito bom te ler sempre !!!

Um beijo 

Susan

Imagen de MarneDulinski

Lindo poema, gostei muito e

Lindo poema, gostei muito e destaco a estrofe final!

De tudo se vê
Lua Cheia.
E tudo se ouve
nessa pensão
de parede-e-meia,
que vadia
vagueia
como Santa descalça,
ou virgem devassa
sem dono,
sem raça

Mas com muita graça...

Meus parabéns,

M\arneDulinski

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of fabiovillela

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Videos/Poesía As Cidades e as Guerras - A Canção de Saigon 0 14.457 11/20/2014 - 14:05 Portuguese
Videos/Poesía As Cidades e as Guerras - A Canção de Bagdá 0 17.965 11/20/2014 - 14:02 Portuguese
Videos/Poesía As Cidades e as Guerras - A Canção de Sarajevo 0 15.277 11/20/2014 - 13:58 Portuguese
Poesia/Dedicada Negra Graça Poesia 0 2.121 11/20/2014 - 13:54 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Final - O Contrato Social 0 4.119 11/19/2014 - 20:02 Portuguese
Poesia/Dedicada A Pedra de Luz 0 3.075 11/18/2014 - 14:17 Portuguese
Poesia/Amor Chegada 0 3.021 11/16/2014 - 14:33 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XIX - A Liberdade Civil 0 3.596 11/15/2014 - 21:04 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XVIII - A teoria da Vontade Geral 0 5.237 11/15/2014 - 21:01 Portuguese
Poesia/Dedicada Partidas 0 2.772 11/14/2014 - 15:13 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XVII - A transição para a Liberdade Civil 0 4.769 11/14/2014 - 14:06 Portuguese
Poesia/Amor Diferenças 0 2.037 11/13/2014 - 20:25 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XVI - A Liberdade Natural 0 3.505 11/12/2014 - 13:46 Portuguese
Poesia/Amor Tramas 0 2.559 11/11/2014 - 00:47 Portuguese
Poesia/General A mulher que anda nua 0 3.085 11/09/2014 - 15:08 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XV - Emílio e a pedagogia rousseauniana 0 8.819 11/09/2014 - 14:21 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XIV - A transição para o Estado de Civilização 0 2.704 11/08/2014 - 14:57 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XIII - O homem no "Estado de Natureza" 0 3.902 11/06/2014 - 21:00 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XII - As Artes e as Ciências 0 2.079 11/05/2014 - 18:47 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XII - A Religião 0 5.086 11/03/2014 - 13:58 Portuguese
Poesia/General Os Finados 0 1.269 11/02/2014 - 14:39 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XI - O amor e o ódio 0 3.559 11/01/2014 - 14:35 Portuguese
Poesia/General A Canção de Bagdá 0 2.880 10/31/2014 - 14:04 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte X - As grandes linhas do Pensamento rousseauniano 0 2.680 10/30/2014 - 20:13 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte IX - A estada na Inglaterra e a desavença com Hume 0 3.088 10/29/2014 - 13:28 Portuguese