Cheia
Como Matrona
da Renascença
segue opulenta
essa Lua Cheia,
que o proibido
cerceia
e todo mistério
clareia.
Quantos amores
tu revelará?
Quantas juras
se fará?
Lua gitana
nessa América
pós Ibérica,
que canta
a negra dor
entre a luxúria
de tanta cor.
Quais amantes
tu já viu,
Dama de Plata?
A quantos Homens
tu serviu
menina de lata?
Noite clara
na rara
semi-paz,
dos Homens
irreais.
Dormem os anjos
sonhando serem
arcanjos.
E as sofridas mulheres,
com outros arranjos.
De tudo se vê
Lua Cheia.
E tudo se ouve
nessa pensão
de parede-e-meia,
que vadia
vagueia
como Santa descalça,
ou virgem devassa
sem dono,
sem raça.
Submited by
Jueves, Abril 21, 2011 - 10:01
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 2238 reads
Add comment
Inicie sesión para enviar comentarios
Comentarios
Um poema muito instigante que
Um poema muito instigante que me fez pensar na lua cheia
na maré da vida cheia de brilho , volúpia , alegria liberdade
e dor da intensa idade...
Muito bom te ler sempre !!!
Um beijo
Susan
Lindo poema, gostei muito e
Lindo poema, gostei muito e destaco a estrofe final!
De tudo se vê
Lua Cheia.
E tudo se ouve
nessa pensão
de parede-e-meia,
que vadia
vagueia
como Santa descalça,
ou virgem devassa
sem dono,
sem raça
Mas com muita graça...
Meus parabéns,
M\arneDulinski