Ele, o Amor.

Quantas vezes imaginámos que o Amor cura tudo?
Não se trata de uma poção mágica,
Não é algo que se possa encontrar ao virar da esquina.
Ouso dizer que quantos mais O buscamos
Mais este se esconde.
Acho-o tímido, assim…

Sentimento tão lindo, impossível de descrever,
Que assusta os mais ousados aventureiros,
Afasta-os para caminhos de igual perdição
Com a contradição de não ser eterno.

Cada pessoa deve ter a sua definição personificada do Amor,
Confesso que pensei já ter encontrado a minha,
Fazendo dela o que bem quis.

Gostar não é amar
Amar não tem explicação, não ousa procurar fins,
É e não deixa de ser.
Gostar é definir.

Podemos amar mil vezes, mas só uma se eternizará.
A nostalgia acompanha sentimentalmente,
Os beijos trocados entre os apaixonados.
Junto com a melancolia,
Perguntam-se, se ali, naquele roce de lábios
Encontraram finalmente a Eternidade.
O mais cínico dos Homens tudo abandona
Ao encontrar o egoísmo do Amor.

Joana Silva.

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Sábado, Junio 18, 2011 - 15:55

Poesia :

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JoanaSilva

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Comentarios

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descobertas

É o amor em si mesmo contraditório
uma vez que, tal como a vida, é descoberta permanente
- e como não sê-lo se mesmo nós próprios
estamos em constante redescoberta?!

A poesia é também um exercíco similar de interiorização
e nem tudo o que qprendemos nos faz bem
- por vezes ficamos desiludidos connosco...
... assim pode acontecer com o amor.

Envio um abraç0o!

Abilio

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Querido amigo, ao teu

Querido amigo,

ao teu comentário respondo com uma parte da letra de um fado cantado por Ana Moura:

"Fiquei por minha conta
Mercê dum passo incerto
A culpa em mim se apronta
Ronda-me a alma por perto (...)"

Um abraço e obrigada pelas tuas palavras :)

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Querido Jorge, antes de mais

Querido Jorge,

antes de mais obrigada pelo teu comentário. Como sempre deixas-me feliz com as tuas palavras quentes e reais.
Acredito que nunca nos conhecemos, pois estamos em constante mudança. O que posso dizer-te com toda a certeza, é que estes pensamentos são verdades expostas de dentro de mim para todos vós.

Beijinhos,
Joana.

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Minha, querida, Joana,

Minha, querida, Joana,

não há amor sem que haja, em nós, alguma coisa de egoísmo. Porém quando o amor é amor, para além do que se pode ou não definir (e em tudo há uma definição, chegada a altura em que nos passamos a conhecer... por inteiro, mesmo para além de existir aí alguma dúvida, a persistir.. que mais não é do que uma questão de tempo, para lá se chegar), o egoísmo apenas é aquele ponto de equilibrio, necessário, entre dois seres, que de amor e para o amor vivem. Persisto, que tudo começa, na sua maioria das vezes, pelo se "Gostar de alguém", quer pelo que do outro, a nossos olhos, se torna apelativo (fisionomia; humor; o trato, que, pelo gesto e suas ações, nos dizem, aquecendo-nos coração e alma), quer por nos inteirarmos, um do outro. Depois, sim... ou é ou não é amor. Ou, dizendo-o, de uma outra forma, é daí que se parte para o AMOR, ou então nos quedamos mudos, por sobre a mesa. Esta é a minha personificação: uma ponte de passagem, que se quer atravessar... ou não. Como sempre gosto da forma como te narras: flor que se vai desfolhando, no pensamento só teu, nos sentimentos, a que não te furtas. Um principio, um meio e um fim... claro que sempre há enganos, quando o erro persiste. Afinal, que sabemos nós, concretamente, de nós mesmos? Um julgar, por nos julgarmos, qualquer coisa...aqui!

Continua com a tua bela arte, que te preenche, como a uma chama, que se quer sempre e mais, viva e realimentada.

Beijinhos meus, em ti.
Jorge Humberto

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