CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
À minha janela
À minha janela, um cheiro doce
De graviola, flor e canela...
Pensei que fosse...
O cheiro doce, o doce do cheiro
Do hortelã?
De quem seria a fragrância
De teor alquímico jeito de criança
Em corpo divino
Formosa herança do céu em capricho.
De quem no agreste dança mais leve
Que o vento e a brisa do amanhã
Da flor celeste, fruto perene
Mel que me apetece e fica para sempre.
À minha janela, o vento a trouxe
A Mulher manhosa, cajuina em flor
De atrás dos cabelos olhos de fogo
Sumo de flores desfilando em cor
O seu breve cheiro queima tão ligeiro
Traz nele o perfume do primeiro amor.
Do perfume autêntico e de real tempero.
Sumo da cantiga que foi levada ao vento
Flor venal das ricas colunas do templo
Guarda ao véu a estrela do meu firmamemto.
Mulher tão dengosa e quente do manacá
Do cajá feito na goma de doce maná
Que o mundo trouxe para eu namorar
Misturar os nomes para dizer "vem cá!"
De uma flor com gosto de maracujá
De um chegar bem lento para eu descansar
De todo o tormento que a vida me dá
Livre como o vento sempre a encontrar.
Com a voz do vento, o sol tingindo a pele
Força de algemas, prisões de desejos
Amor tão disposto para me marcar
Transformando-me em outro por tudo que me dá
Que, fazendo o tempo inteiro parar,
Tornou minha vida recreio, playground para desfrutar...
De suas frutas doces de divino cheiro
Juntando as coxas e, um chamar sorrindo
Disputando à noite o não dormir inteiros.
E durante o sonho com a angústia cheio
Deitando na minha pele sobre os seus cabelos
Vindo ao meu colo, firme postos os seus seios
Fez arder meu peito e a carne tendo todos os seus desejos.
Prometeu surgir toda à noite em beijos
Bem junto e ao lado do meu travesseiro
Deitando das ostras sobre os meus membros
Deixando-me as pérolas no meu pensamento
Como Vênus, as uvas entre seus anelos
Na boca da noite, apagava velas
Fazendo-me a côrte junto à minha janela.
E agora eu sou o seu escravo belo.
É por isso dona entregue a seu servo
Dona e ainda musa em céu reluzente
Luz de um amanhã que procuro sempre
Futuro de luz no inverno quente.
Fez-me amá-la tanto, tanto quanto posso
Que, devendo ao sempre e de vez enquando,
O quanto agradecê-la devolver-lhe-ei em canto.
Dona de minha sina e do meu encontro
Com a luz divina, luz dos meus encantos
Dedico-lhe sonhos, dias dessa vida
Dos quais nunca mais eu quero ser dono.
Doce e Divina, cajú e mel em rosto,
Fruto que minha língua guarda em meu beijo
Ainda do amor o gosto.
Eu a entregarei o que me é valioso
Fosse ele o espelho que a tem ao rosto,
Ou meu violão, a partitura e o ouro
A capa e meu chapéu... entrego ao luar.
Junto à minha janela para te ver de novo
Onde planto o céu a te esperar...
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2691 leituras
other contents of brunoteenager
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Aforismo | Fluir | 0 | 1.781 | 11/03/2012 - 03:06 | Português | |
Videos/Perfil | 1169 | 0 | 2.570 | 11/24/2010 - 22:11 | Português | |
Videos/Perfil | 1168 | 0 | 2.546 | 11/24/2010 - 22:11 | Português | |
Videos/Perfil | 1167 | 0 | 2.771 | 11/24/2010 - 22:11 | Português | |
Fotos/ - | 2030 | 0 | 2.799 | 11/23/2010 - 23:45 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Olhar | 0 | 2.595 | 11/19/2010 - 18:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | O véu da névoa | 0 | 2.866 | 11/19/2010 - 18:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Tributo à finitude do ser | 0 | 1.895 | 11/19/2010 - 18:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Berlindavida | 0 | 2.780 | 11/19/2010 - 18:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Néctar dos vinhos | 0 | 2.225 | 11/19/2010 - 18:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Epifania do Afecto | 0 | 2.364 | 11/19/2010 - 18:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | O Vinho dos vampiros | 0 | 2.911 | 11/19/2010 - 18:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Sombras escatológicas - Epílogo das almas | 0 | 2.424 | 11/19/2010 - 18:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Deus Deficiente | 0 | 2.108 | 11/19/2010 - 18:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Rua das Almas | 0 | 2.373 | 11/19/2010 - 18:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Rua das Almas | 0 | 2.178 | 11/19/2010 - 18:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Causa Mortis Libris | 0 | 2.282 | 11/19/2010 - 18:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Amizade | Cata-vento | 0 | 2.369 | 11/19/2010 - 18:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Amor | Debalde Tocas | 0 | 2.283 | 11/19/2010 - 18:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Amor | À minha janela | 0 | 2.691 | 11/19/2010 - 18:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Amor | Amor em flash | 0 | 2.683 | 11/19/2010 - 18:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Poema do oprimido | 0 | 2.813 | 11/19/2010 - 18:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | O grito | 0 | 2.578 | 11/19/2010 - 18:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Metapoesia | 0 | 2.741 | 11/19/2010 - 18:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Dicotomia platônica | 0 | 2.795 | 11/19/2010 - 18:28 | Português |
Add comment