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A Jóia - Ato Terceiro - Cena II

Cena II

Carvalho, só

- Zombaram do compadre! Aquele coração

não pode alimentar tamanha perversão!

Valentina é um anjo: as lágrimas que chora

não se podem fingir. Não digo que me adora,

mas ama-me, decerto. Um anjo, que me diz:

“Se tu não fosses rico, eu era mais feliz!”

Eu não lhe pago o amor; apenas eu lhe pago

as cadeiras, o leito, o canapé que estrago

e os quadro que desfruto. O mal, o grande mal

foi vê-la e gostar dela. É muito natural

que um velho feio, achando uma mulher que o ame

que, sem saber se é rico, o seu amor reclame,

sinta que lhe desperta o morto coração. (Pausa.)

Mas o compadre... Não! Não é possível! não!

O compadre... Ora adeus! Até causou-me tédio!

Vamos, Joaquim Carvalho: o que não tem remédio

remediado está. É preciso sair!

Mas não como ele quer; sair e não fugir!

A ingratidão não está na minha natureza.

As bichas hão de ser a última despesa...

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quinta-feira, abril 16, 2009 - 00:45

Poesia Consagrada :

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ArturdeAzevedo

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