CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Deixemos descer à vala, o corpo que em vão nos deram
Deixemos descer à vala,
O corpo que nos deram,
Deixai-o ir, com as coisas
Que se quebram, reles, usuais
E os argumentos enterram-se,
Deixai-me sombrio, morrer na terra,
Como é natural, numa concha
Onde a areia se infiltra, na campa
Se entranha, velada estranha,
Igual toda a espécie humana,
Deixem-me descer comum à vala,
Ridículo, mesquinho, profano,
Infra-humano sem futuro,
Falso Profeta, obscuro e cigano
Réu d’minha própria fama,
Como manda a lei e a norma
Nada é nosso, nem o corpo,
Mas tem de haver alma,
O corpo é uma montra,
Fixo-me a ver se o vejo,
Fico-me por tudo isso, cinza
O que não tenho, o que era físico
Grotesco mundano, insignificante
Cor de sangue, excepto
O que não nos deram,
Me revela um absurdo que não sei explicar,
E uma maneira especial, invertida de
Mágoa, mudas criaturas me velam,
Ilógicas janelas estendem-se em silêncio
Sobre campos, enterrados
Órgãos humanos, fálicos olhos, órfãos
De mãe e pai, naturais os sonhos,
A razão e o conhecimento, o instinto
Não morrem, de modo algum se enterram,
Deixem meu corpo descer à vala, comum
Como os simples, donde jamais me erguerei
Em vão, de novo …
Jorge Santos (03 Fevereiro 2021)
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2966 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Desilusão | barbearia | 0 | 8.645 | 11/19/2010 - 18:27 | Português | |
Ministério da Poesia/Desilusão | assim assim... | 0 | 8.119 | 11/19/2010 - 18:26 | Português | |
Ministério da Poesia/Soneto | Morcegario | 0 | 5.824 | 11/19/2010 - 18:24 | Português | |
Ministério da Poesia/Gótico | o corvo (poe) tradução livre | 0 | 18.099 | 11/19/2010 - 18:23 | Português | |
Ministério da Poesia/Desilusão | Asas d' | 0 | 7.771 | 11/19/2010 - 18:23 | Português | |
Ministério da Poesia/Intervenção | O homem fronha | 0 | 4.732 | 11/19/2010 - 18:23 | Português | |
Ministério da Poesia/Paixão | Da paixão | 0 | 6.630 | 11/19/2010 - 18:23 | Português | |
Ministério da Poesia/Intervenção | Parle-moi | 0 | 3.470 | 11/19/2010 - 18:23 | Português | |
Ministério da Poesia/Desilusão | Vega | 0 | 5.473 | 11/19/2010 - 18:23 | Português | |
Ministério da Poesia/Intervenção | os míseros não têm mando | 0 | 2.634 | 11/19/2010 - 18:20 | Português | |
Ministério da Poesia/Dedicado | Da Paixão | 0 | 1.943 | 11/19/2010 - 18:20 | Português | |
Ministério da Poesia/Intervenção | Do tempo cego | 0 | 3.070 | 11/19/2010 - 18:19 | Português | |
Ministério da Poesia/Dedicado | Sophya | 0 | 4.746 | 11/19/2010 - 18:19 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Adverso ou controverso | 0 | 5.710 | 11/19/2010 - 18:19 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Parle-moi | 0 | 6.393 | 11/19/2010 - 18:19 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Volto já | 0 | 2.898 | 11/19/2010 - 18:19 | Português | |
Ministério da Poesia/Dedicado | A minha Pátria | 0 | 23.369 | 11/19/2010 - 18:18 | Português | |
Ministério da Poesia/Soneto | Panfleto | 0 | 4.343 | 11/19/2010 - 18:18 | Português | |
Ministério da Poesia/Soneto | sonho ou pesadelo | 0 | 2.106 | 11/19/2010 - 18:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | adorei o sol | 0 | 4.059 | 11/19/2010 - 18:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | achigãns | 0 | 6.801 | 11/19/2010 - 18:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | feio sou | 0 | 5.361 | 11/19/2010 - 18:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | sonho | 0 | 3.938 | 11/19/2010 - 18:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Amonte | 0 | 7.816 | 11/19/2010 - 18:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | jura maré trovata | 0 | 4.225 | 11/19/2010 - 18:16 | Português |
Comentários
Igual toda a espécie
Igual toda a espécie humana,
Deixem-me descer comum à vala,
Ridículo, mesquinho, profano,
Infra-humano sem futuro,
Falso Profeta, obscuro e cigano
Réu d’minha própria fama,
Como manda a lei e a norma
Igual toda a espécie
Igual toda a espécie humana,
Deixem-me descer comum à vala,
Ridículo, mesquinho, profano,
Infra-humano sem futuro,
Falso Profeta, obscuro e cigano
Réu d’minha própria fama,
Como manda a lei e a norma
Igual toda a espécie
Igual toda a espécie humana,
Deixem-me descer comum à vala,
Ridículo, mesquinho, profano,
Infra-humano sem futuro,
Falso Profeta, obscuro e cigano
Réu d’minha própria fama,
Como manda a lei e a norma
Igual toda a espécie
Igual toda a espécie humana,
Deixem-me descer comum à vala,
Ridículo, mesquinho, profano,
Infra-humano sem futuro,
Falso Profeta, obscuro e cigano
Réu d’minha própria fama,
Como manda a lei e a norma
Igual toda a espécie
Igual toda a espécie humana,
Deixem-me descer comum à vala,
Ridículo, mesquinho, profano,
Infra-humano sem futuro,
Falso Profeta, obscuro e cigano
Réu d’minha própria fama,
Como manda a lei e a norma